A Secretaria Municipal de Saúde de Oeiras confirmou nesta quinta-feira (11), a morte de uma idosa de 86 anos vítima de covid-19. Além do óbito, foram registrados também 23 novos casos.

Segundo a secretaria, os dados são referentes aos testes realizados no Laboratório do município e no Hospital Regional entre os dias 31 de agosto e 6 de setembro. Nas unidades de saúde foram realizados 167 testes no período.

A vítima fatal de covid-19 era moradora da zona rural de Oeiras. O óbito é o primeiro registrado no município neste ano.

Número de casos subiu em todo o estado

A alta nos casos preocupa não só a cidade de Oeiras, mas todo o estado. Recentemente, em Jerumenha, no Sul do Piauí, a prefeitura emitiu um comunidade recomendando o uso de máscaras em todas as unidades de saúde do município, em razão do aumento dos casos da doença. Foram oito casos registrados na cidade que tem uma população estimada em 4.497 habitantes.

Na capital, um novo surto que já havia sido previsto, se confirmou. Uma variante do vírus tem levado os teresinenses a procurarem as unidades de saúde com sintomas gripais comuns como febre, dor no corpo e dor de cabeça.

O Painel Epidemiológico da Covid-19 mostrou que somente neste ano no estado, foram confirmados 1.987 casos e 14 óbitos. Os números da Secretaria da Saúde (Sesapi) ainda não levam em conta o óbito e os casos confirmados em Oeiras.

Cuidados

Higienização das mãos: Use água e sabão ou álcool 70% para evitar que o vírus seja transmitido pelo contato com superfícies contaminadas.

Uso de máscaras: Recomendado para pessoas com sintomas gripais, casos confirmados, imunossuprimidos, idosos e em ambientes com risco de transmissão, como locais fechados ou aglomerações. Em unidades de saúde, o uso de máscaras é obrigatório para profissionais e visitantes.

Etiqueta respiratória: Cubra nariz e boca com o antebraço ou lenço ao tossir ou espirrar, descarte o lenço e higienize as mãos. Evite tocar o rosto com as mãos não higienizadas.

Distanciamento físico: Mantenha pelo menos 1 metro de distância de outras pessoas, especialmente em locais públicos. Garantir uma boa ventilação em ambientes fechados também é essencial.

Uso de Equipamento de proteção individual pelos profissionais de saúde constitui a principal medida de prevenção da transmissão entre pacientes e profissionais de saúde e deve ser adotada no cuidado de todos os pacientes, independentemente dos fatores de risco ou da doença de base.

Limpeza e desinfecção de superfícies com água e sabão e detergente, limpeza com solução de hipoclorito de sódio em pisos e superfícies dos banheiros

Vacinação

Teresina tem vacinas contra a covid-19 disponíveis em todas as unidades de saúde e qualquer pessoa pode se vacinar sem precisar de agendamento. Mas mesmo assim, ainda há um grupo suscetível ao adoecimento, que é formado por aqueles que não se vacinaram ou por vontade própria, ou por medo. A Fundação Municipal de Saúde reforça que, sem a vacinação, a atual situação do covid-19 em Teresina seria bem diferente, com um número muito maior de casos.

Aumento de casos de síndrome respiratórias no estado

O Boletim Infogripe, da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (10), apontou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em dez estados do país, com destaque para Norte, Centro-Oeste e Sudeste. No Nordeste, o levantamento mostra leve crescimento nas notificações da doença na Bahia, Piauí e Paraíba, embora sem reflexo significativo em hospitalizações.

Segundo a Fiocruz, entre os agentes responsáveis pelos quadros graves de SRAG estão o rinovírus, mais frequente em crianças e adolescentes, e a covid-19, que atinge especialmente adultos e idosos. No Piauí, a preocupação recai sobre a circulação do coronavírus, que segue apresentando registros de casos, mesmo em menor escala que em outros estados.

A pesquisadora Tatiana Portella reforçou a importância de medidas preventivas, como uso de máscaras em locais fechados e atualização da vacinação contra covid-19 e influenza. Ela destacou que pessoas idosas e imunocomprometidas devem manter os reforços da vacina contra a covid-19 a cada seis meses, para reduzir riscos de agravamento da doença.