Em Cocal, no Piauí, o transporte universitário oferecido pela prefeitura se tornou sinônimo de revolta, medo e insegurança. O serviço, que deveria ser um suporte à educação, virou ameaça à vida de dezenas de jovens.
Ônibus quebrados e rotina desumana
Estudantes relatam atrasos constantes, veículos em más condições e motoristas sem preparo conduzindo ônibus lotados em estradas perigosas. O veículo conhecido como “prata” foi retirado de circulação após panes seguidas, mas a substituição por vans improvisadas e o “Camurupim” não resolveu os problemas.
A rotina é exaustiva: saída às 16h, retorno após a meia-noite — em alguns casos, quase 2h da manhã. O desgaste físico e mental compromete aulas, rendimento e saúde.
Pane em plena estrada e pânico coletivo
Na última semana, o clima foi de desespero. Um ônibus quebrou no meio do caminho, e os alunos foram transferidos para outro veículo, conduzido por motorista sem experiência em dirigir ônibus. A descida da ladeira do Caldeirão foi descrita como “um momento em que todos temeram pela própria vida”.
“Estamos perdendo aulas, passando por humilhações e correndo risco de morte. Quando reclamamos, ouvimos que pode piorar”, disse um estudante.
Silêncio imposto e medo de represálias
Além da insegurança nas estradas, os jovens denunciam um clima de intimidação. Muitos, que antes cobravam melhorias, agora se calam por receio de perseguições. O temor é de que qualquer crítica traga consequências diretas. “Reclamar virou sinônimo de punição”, relatou um aluno.
Comentários sobre ausência e viagem
Em meio a essa crise, comentários que circulam pela cidade apontam que o prefeito teria se ausentado das redes sociais durante dias, algo considerado atípico. Conversas locais sugerem que esse silêncio estaria relacionado a uma possível viagem internacional, citando destinos como Chile e países da Europa.
Não há confirmação oficial, mas a percepção popular é de que a gestão se distancia dos problemas enquanto impõe silêncio a quem mais sofre com eles.