Os dez deputados federais piauienses irão se reunir na próxima segunda-feira (25) com a reitora da Universidade Federal do Piauí (UFPI), professora doutora Nadir Nogueira, para tratar da situação financeira da instituição diante dos recentes cortes orçamentários. O encontro, marcado para às 8h30 na Reitoria do campus de Teresina, ocorrerá durante um café da manhã.
Conforme apurado pela coluna, os parlamentares devem discutir a importância da UFPI para o desenvolvimento do estado, especialmente no que se refere ao ensino, à pesquisa e à extensão, além da manutenção de investimentos por meio de emendas parlamentares. A preocupação é garantir a continuidade de serviços e projetos impactados pela redução de repasses.
Após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, a UFPI registrou uma diminuição de 4,5% em seu orçamento discricionário em relação ao que havia sido previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Na prática, isso significa uma perda de aproximadamente R$ 6,37 milhões, valor que afeta diretamente o funcionamento da universidade, incluindo despesas de custeio e manutenção da infraestrutura.
Em 2024, a UFPI recebeu R$ 961,4 milhões. Para 2025, o PLOA previa R$ 974,4 milhões, mas a LOA aprovada reduziu esse montante, resultando em um corte nominal de R$ 4,37 milhões. Apesar da inclusão de uma emenda parlamentar individual de R$ 2 milhões durante a tramitação, o impacto efetivo para a instituição chegou a R$ 6,37 milhões.
O encontro entre a bancada federal e a reitoria da UFPI deverá trazer uma definição de estratégias que assegurem o funcionamento da universidade. A expectativa é que os deputados discutam mecanismos para ampliar os investimentos, sobretudo por meio de emendas parlamentares, a fim de reduzir os impactos dos cortes sobre a comunidade acadêmica e a sociedade piauiense.
Recomposição anunciada pelo MEC
Diante da pressão das universidades e institutos federais, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou em maio a recomposição orçamentária no valor de R$ 400 milhões, além da regularização dos repasses de janeiro a maio, período em que cerca de R$ 300 milhões deixaram de ser transferidos para universidades e institutos federais.
Outra medida anunciada foi a retomada do limite mensal de execução orçamentária de 1/12 do total previsto para o ano. Em março, esse limite havia sido reduzido para 1/18, restringindo ainda mais a capacidade de gestão financeira das instituições.