O Ministério Público do Piauí instaurou nesta terça-feira (4), um procedimento para apurar denúncias de crimes de supostas invasão de domicílio, ameaças, agressões físicas e tentativa de homicídio praticadas pelo prefeito de Alegrete do Piauí, Márcio Willian Maia Alencar (PT), conhecido como Marcinho.
De acordo com o MP, a apuração tem como base informações divulgadas pela imprensa e pelo relato da mãe das vítimas, que acusa o gestor de ter invadido uma residência sem autorização, feito ameaças e agredido um adolescente. As agressões, segundo testemunhas, teriam causado lesões corporais e configurado tentativa de homicídio. O episódio teria ocorrido após desentendimentos relacionados a publicações em redes sociais.
O caso ganhou ampla repercussão no estado e levou o Partido dos Trabalhadores (PT) a suspender a filiação partidária de Marcinho, diante da gravidade das acusações.
O despacho, assinado pelo subprocurador de Justiça Jurídico, Hugo de Sousa Cardoso, aponta que, em análise preliminar, os fatos podem configurar crimes previstos nos artigos 150 (violação de domicílio), 147 (ameaça), 129 (lesão corporal) e 121 combinado com o artigo 14, inciso II (tentativa de homicídio) do Código Penal Brasileiro.
Como o investigado exerce o cargo de prefeito, o MPPI determinou o envio imediato dos autos ao Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), instância competente para conduzir o caso, conforme o foro por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal e na Constituição do Estado do Piauí.