Febre persistente, perda de peso, anemia e barriga inchada. Esses sinais, que muitas vezes passam despercebidos ou são confundidos com outras doenças, podem indicar a presença do calazar, nome popular da leishmaniose visceral, infecção grave que, se não tratada, pode levar à morte. Para acelerar o diagnóstico, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) iniciou, durante a Semana Nacional de Controle e Combate às Leishmanioses, um plano de ação que inclui a oferta de testes rápidos na rede pública.
O exame já está disponível no Hospital do Parque Piauí para crianças e adolescentes de zero a 14 anos que apresentem os sintomas da doença. Basta procurar a unidade para ser atendido. Em caso de resultado positivo, o paciente é imediatamente encaminhado para tratamento na própria rede pública. A partir de setembro, a testagem será ampliada para hospitais municipais, UPAs e algumas UBS da capital.
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Transmitido pela picada da fêmea do mosquito-palha infectado, o calazar atinge principalmente órgãos como fígado e baço, provocando inchaço abdominal e fraqueza intensa. Nos últimos cinco anos, Teresina registrou 471 casos da doença, com 20 mortes. A leishmaniose tegumentar, que provoca feridas na pele, também preocupa, mas teve menor incidência: 83 casos no mesmo período, sem óbitos.
O diretor de Vigilância em Saúde da FMS, Walfrido Salmito, explica que a transmissão ocorre quando o mosquito pica um animal doente e, em seguida, o ser humano. Segundo ele, além de procurar atendimento médico diante de qualquer suspeita, é fundamental prevenir a proliferação do vetor, mantendo os ambientes limpos, usando mosquiteiros e repelentes e observando sinais da doença em cães, como emagrecimento e queda de pelos.
Para os animais, a Gerência de Zoonoses da FMS mantém um posto permanente de coleta de sangue, funcionando todos os dias, das 8h às 17h. Se o resultado for positivo, o tutor pode optar pelo tratamento por conta própria.
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