Foi preso na tarde desta terça-feira (19), o principal suspeito de executar o adolescente de 16 anos, identificado como Breno Rodrigues de Silva. A vítima foi morta com pelo menos dez tiros no Cemitério Santa Cruz, bairro Promorar, zona Sul de Teresina, após pegar emprestada a moto do suspeito para comprar refrigerante e pão e não devolver no horário combinado.
Segundo o Major Sousa Marques, a própria família do suspeito e moradores que se revoltaram com o crime, entregaram o jovem à polícia.
"Foi um crime que mexeu com as pessoas, deixaram de certa forma, as pessoas revoltadas e resolveram entregar o suspeito. A vítima era evangélica, não tinha nada a ver com facção. Simplesmente ele pegou essa moto emprestada, a moto do suspeito, para comprar refrigerante e pão e não devolveu no momento marcado. Em virtude disso, o suspeito ficou revoltado, juntamente com mais três elementos, levaram ele para dentro do cemitério e o executaram", informou o major.
Além do suspeito, de 19 anos, participaram do crime outras três pessoas que ainda não foram identificadas. O adolescente era amigo do suspeito e estavam juntos quando a vítima teria ido comprar pão e refrigerante. Irritado por não voltar de imediato, o homem teria ido até a casa da mãe da vítima e afirmou que mataria o adolescente. No caminho ele foi encontrado, levado ao cemitério e executado com pelos dez disparos de arma de fogo.
Ainda segundo Sousa Marques, o suspeito foi preso em casa, quando moradores tentavam queimar os pertences dele. "Inclusive estavam queimando as coisas na casa dele. Tivemos que tirar ele de imediato, em virtude da revolta da população", detalhou.
O suspeito, que é integrante do PCC, teria passagens pela polícia, segundo testemunhas. O jovem de 19 anos negou a autoria do crime. "No momento ele nega, diz que é amigo do jovem que perdeu a vida. Mas contra fatos, não há argumentos. A família mesmo que está entregando ele e a sociedade. É a sociedade que está entregando ele para a Polícia Militar", disse o major.
A Polícia Militar segue em diligência para realizar a captura dos demais envolvidos no homicídio. Após o crime, o corpo da vítima foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML). O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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