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Strans quer recuperar o sistema Inthegra nos moldes em que ele foi lançado em 2016

O transporte é um dos principais problemas enfrentados pela administração pública de Teresina e, nos últimos anos, se tornou sinônimo de transtorno para a população que depende de ônibus para ir e vir. No atual momento, a cidade conta com cerca de 300 veículos circulando e os terminais de integração que foram instalados com o sistema Inthegra lá em 2016 encontram-se parados. No entanto, está nos planos da Strans retomar o sistema de integração de Teresina exatamente nos mesmos moldes em que ele foi lançado, ainda na gestão Firmino Filho.

Arquivo O Dia
Strans quer recuperar o sistema Inthegra nos moldes em que ele foi lançado em 2016

Estudos feitos pela atual gestão mostram que se o Inthegra funcionar como deveria em sua totalidade, vai atender bem a população teresinense. O que deu errado no sistema, segundo os especialistas, foram conjunturas políticas e a crise da pandemia, mas não necessariamente o sistema. Quem diz isso é o diretor de Transportes da Strans, Ricardo Freitas. Em entrevista à FM O Dia nesta terça (12), ele destacou que a ideia é voltar com o Inthegra exatamente como ele era, com os oito terminais de integração funcionando, mesmo que isso demore um pouco.

Ricardo lembrou que o próprio Plano Diretor de Ordenamento Territorial de Teresina (PDOT) foi pensado a partir do Plano Diretor de Transporte, o que, segundo ele, reforça a necessidade de se retomar o Inthegra nos moldes em que ele operava de início.

“O PDOT foi criado a partir do redesenho dos corredores para estimular o adensamento nas áreas ao redor dos terminais de integração. Para fazer a cidade funcionar, precisamos de um sistema que carregue o máximo de pessoas, diminuindo a necessidade muito grande de veículos menores. O plano diretor de transporte que implantou o Inthegra foi base para o plano diretor que veio a seguir, então não podemos perder isso em Teresina”, explica.

No entendimento da Strans, o Inthegra é viável para o conceito de Teresina, mas esbarrou em cenários políticos desfavoráveis e em crises econômicas que causaram o desequilíbrio do sistema. À época em que foi implantada, a integração se deu por etapas, primeiro com a abertura dos terminais na zona Sudeste, posteriormente na zona Sul, zona Norte e zona Leste. Mas mesmo com esse cronograma, para o diretor de Transportes da Strans, os índices de correção do sistema não foram cumpridos, o que levou ao colapso em um determinado momento.

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Strans quer recuperar o sistema Inthegra nos moldes em que ele foi lançado em 2016

Na prática, a ideia do Inthegra era dividir os percursos das linhas de ônibus em partes menores, integradas pelos terminais. Por exemplo: para ir do bairro ao centro, o usuário não precisaria esperar um ônibus de linha direta com percurso mais alongado. Ele poderia pegar um ônibus que o levasse até o terminal de sua zona e, de lá, pegar outro que o levasse para o Centro, com tempo de espera mais curto e apenas uma passagem paga.

Mas o que os usuários encontraram foi demora na espera e ônibus lotados. Ricardo Freitas explica que esses percalços não tiveram origem no sistema em si, mas na forma como ele começou a ser executado.

“Quando a gente estava conseguindo entender e desenhar um acordo financeiro com o Setut para mais veículos, e isso foi necessário, houve um desequilíbrio, porque o sistema não foi implantado todo de uma vez. Tem índices de correção que não foram cumpridos, mas o Inthegra foi bem concebido para o conceito de Teresina. A posição dos terminais num arco em torno de 6km do Centro não é à toa. Teresina é uma cidade que tem corredores que se dirigem ao Centro e nós temos que usá-las”, pontua.

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Strans quer recuperar o sistema Inthegra nos moldes em que ele foi lançado em 2016

O diretor de Transporte acrescenta que a Strans está estudando formas de reabilitar os seis terminais de integração de Teresina para começar a reestruturar o Inthegra na forma em que ele foi pensado, mas em um novo cenário mais favorável. Ainda não há prazos, segundo Ricardo, mas mesmo que leve mais tempo, a ideia de que a integração é a melhor saída para o transporte em Teresina é unanimidade entre os gestores.


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