A presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS), Leopoldina Cipriano, afirmou que a Prefeitura da capital piauiense mantém diálogo aberto com a gestão de Timon (MA) para definir a participação do município maranhense no custeio da rede de saúde teresinense. Segundo ela, caso não haja entendimento, a alternativa será recorrer à Justiça.
Todos os meses, milhares de moradores de Timon atravessam a ponte em busca de atendimento médico de urgência, emergência e especialidades em Teresina, o que acaba sobrecarregando a rede pública da capital. O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) é a principal porta de entrada desses pacientes.
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“Nós estamos dialogando com Timon. Já fizemos reuniões com a gestão de lá em Brasília e aqui na capital. Estamos articulando a vinda do Ministério da Saúde para Teresina, vindo o Ceará, o Maranhão e toda a região aqui próxima a capital para que a gente possa tentar entrar num diálogo, fazer com que o Maranhão pactue e pague para Teresina o valor do que é ofertado para ele, sem judicializar”, destacou.
A presidente da FMS ressaltou que tanto o prefeito de Timon, Rafael Brito (PSB), quanto a secretária municipal de Saúde, Dávila Claudino, têm demonstrado abertura para discutir soluções conjuntas. Contudo, ela argumentou que não descarta uma possível judicialização do assunto, caso ambas as gestões não entrem em consenso sobre o auxílio de custeio à saúde pública de Teresina.
“Eu acho que nesse primeiro momento a gente tem que buscar diálogo. O prefeito Rafael e a secretária Dávila são muito comprometidos com o Timon. Nós já tivemos juntos várias vezes buscando uma solução e eles estão abertos sim para nos apoiar no financiamento. Primeiro o acordo, se não der o acordo a gente parte para a judicialização, mas eu acho que o diálogo, a comunicação com o Maranhão é essencial, são municípios vizinhos que precisam de diálogo”, disse.
Repasses em negociação
De acordo com a FMS, está em discussão um repasse mensal de aproximadamente R$ 1,4 milhão da Prefeitura de Timon para Teresina, valor que serviria para compensar os atendimentos prestados no HUT.
“Nós temos um déficit mensal. O HUT hoje ele é financiado com recursos do Governo Federal e da Prefeitura de Teresina. Todos os meses a gente sai devendo mais, mas honrando com recursos próprios da Prefeitura de Teresina, da Fundação Municipal de Saúde. Nós temos trabalhado para reorganizar o serviço, temos dialogado sim com as categorias, com os médicos, anestesistas, a gente compreende que todo mundo quer ser valorizado, todo mundo quer ganhar bem, mas tem as leis que precisam ser respeitadas. Tem um teto que a gente pode pagar para os profissionais e nós não vamos descumprir esse teto”, explicou.
A expectativa da FMS é de que o Ministério da Saúde participe, em breve, de uma nova rodada de reuniões em Teresina para avançar nas negociações e formalizar um acordo que alivie o impacto financeiro sobre a rede municipal.
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