Tatiana Medeiros, presa no dia 3 de abril durante a Operação Escudo Eleitoral, continua recebendo normalmente seus vencimentos pela Câmara Municipal de Teresina (CMT). Desde o afastamento, já foram pagos R$ 123.773,95 em salários, mesmo sem exercer atividades legislativas. O salário bruto de um vereador em Teresina é de R$ 24.754,79, segundo dados do Portal da Transparência.
Tatiana recebeu cinco salários desde a prisão e, no dia 3 de junho, passou a cumprir prisão domiciliar. A parlamentar foi afastada após decisão judicial que a colocou em regime preventivo, sob suspeitas de crimes eleitorais e financeiros.
A conversão da pena para domiciliar foi justificada por laudos médicos apresentados pela defesa, que apontaram um quadro psiquiátrico grave, com risco de suicídio. A juíza responsável entendeu que a condição não estava sendo adequadamente tratada no Estado-Maior do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, onde a vereadora estava detida.
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No fim de junho, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) emitiu parecer autorizando a continuidade do pagamento dos vencimentos, mesmo durante o período de afastamento. O pedido havia sido feito pela própria Câmara, que buscava respaldo para manter os repasses sem ferir a responsabilidade fiscal.
Com a decisão do TCE, a Casa Legislativa passou a custear os salários de dois parlamentares: Tatiana Medeiros, afastada, e Leôndidas Júnior (PSB), suplente que assumiu a vaga.
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