A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR), pediu à justiça a a prorrogação do inquérito relacionado à Operação Gabinete de Ouro. A investigação apura crimes de corrupção e desvio de dinheiro público num esquema supostamente operado por empresários, ex-parlamentares municipais e chefiado por Sol Pessoa, ex-assessora de gabinete do ex-prefeito Dr. Pessoa.
A investigação iniciou há cerca de um mês, quando a polícia cumpriu quatro mandados de prisão temporária para investigar supostos atos ilegais praticados na gestão de Dr. Pessoa em Teresina. Um dos presos era Sol Pessoa, que teria chefiado o esquema de desvio de verba entre os anos de 2021 e 2024. Além dela, outras três pessoas foram presas, todos empresários.
Quase um mês depois da operação, a polícia disse que ainda há muitos dados para serem analisados e que a quebra de sigilo telefônico dos investigados revelou um material mais vasto do que o calculado inicialmente, o que demanda mais tempo de investigação.
“Tem ainda muita coisa para ser analisada, além da confrontação de dados que precisa ser minuciosamente feita. Tudo isso demanda mais tempo e só há um jeito de atender a esta necessidade: é pedindo a prorrogação do prazo do inquérito”, explicou o delegado Ferdinando Martins, coordenador da DECCOR.
Ele já havia comentado anteriormente que os investigados vinham ajudando na investigação, fornecendo informações relevantes para nortear o inquérito. E toda informação fornecida, segundo Ferdinando, precisa ser bem analisada e confrontada para embasar o inquérito “sem deixar dúvidas e sombras”.
Durante a investigação, a polícia constatou que ocupantes de cargos estratégicos na Prefeitura utilizavam servidores comissionados e terceirizados como operadores financeiros. O esquema, de acordo com a polícia, envolvia ainda empreiteiras e prestadoras de serviços para Prefeitura. Como líder do grupo, Sol Pessoa foi apontada como sendo a responsável por alocar servidores em funções estratégicas para perpetuar o esquema e atuar no favorecimento de empresas em processos licitação pública.
A investigação foi embasada em um relatório de inteligência financeira produzido pelo Coaf, que notou movimentações atípicas nas contas dos investigados.
Sol Pessoa e os demais investigados na Operação Gabinete de Ouro passaram cinco dias presos, foram soltos após findar o prazo da prisão temporária e hoje respondem ao processo em liberdade.
O outro lado
A defesa de Sol Pessoa já havia se pronunciado no decorrer do inquérito e afirmou que ela está colaborando com a investigação, prestando todas as informações necessárias para o andamento processual.
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