Os pais da pequena Alice Brasil, de 4 anos, falaram com a imprensa dois dias após o acidente que ocasionou a morte da criança em um colégio particular de Teresina. De acordo com o pai, o major do exército Cláudio Sousa, ainda nao há informações exatas sobre o ocorrido.
Eles receberam a ligação da escola, que falou sobre a ocorrência de um acidente com Alice e que estavam em busca de um atendimento médico para criança. Em seguida mandaram a localização para que a mãe, a fotógrafa Dayana Brasil, e o pai pudessem ir até o local.
A menina estaria desacordada e estava sendo levada de carro até uma UPA quando teriam encontrado uma ambulância do SAMU no caminho. Ao pedirem ajuda, os socorristas tentaram reanimar Alice dentro do veículo, em uma avenida da capital. Alice Brasil não resistiu aos ferimentos.
No dia do acidente, Alice e o irmão gêmeo tinham comemorado o aniversário na escola, horas antes, junto com os amigos de sala.
"Chegamos com nossa filha viva e saudável ainda pela manhã para comemorar com os coleguinhas da escola o aniversário dela e do irmão. Após a comemoração, nos despedimos e seguimos para o trabalho. Poucas horas depois, fomos chamados e recebemos a notícia", relembrou o pai.
Alice Brasil foi sepultada ontem (06), no dia do aniversário de Cláudio Sousa. Na segunda-feira (04), um dia antes da morte, a menina havia completado seus 4 anos.
Muito emocionada, a mãe da criança afirmou que quer chamar atenção para o caso, para que não se repita com outras crianças.
"A gente quer esclarecimento, atenção para que uma coisa dessa não venha mais acontecer. Estamos esperando respostas e dizer que nada vai diminuir a saudade dela, a presença dela. Agora eu vou ter que tirar uma cama do quarto. Eu vou ter que tirar a cadeirinha do carro. Eu vou ter que tirar as roupas dela. E meu filho vai ter que ver toda essa transformação, porque tudo sempre foi de dois", disse a fotógrafa Dayana Brasil entre lágrimas.
A mãe disse ainda que ao chegar ao local do atendimento chamou pelo nome da filha, mas a criança já não tinha mais vida.
"A cena mais cruel que eu já vi na minha vida. Eu não desejo isso a ninguém. É uma dor que dilacera. Você não tem mais nada que possa fazer pela sua filha. Eu passei quatro anos resolvendo todos os males que ela enfrentou. E eu cheguei ali e ela não podia mais nem ouvir a minha voz. Eu chamava Alice e ela não ouvia mais. E assim eu fiquei sabendo que a minha filha tinha morrido”, contou.
A Polícia Civil está apurando o caso e deve concluir o inquérito até o final deste mês. Dayana Brasil disse ainda que já foi solicitado as imagens do circuito interno de segurança para entenderem a dinâmica do ocorrido.
Durante coletiva de imprensa, Cláudio Sousa relembrou os momentos vividos ao lado de Alice e falou da dor de perder a filha. “Foram quatro anos intensos na minha vida e no dia do meu aniversário tive que sepultar nossa filha. Não sei se há dor maior e nem sei como vou continuar a vida. Só peço a Deus que me dê forças”.
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