A Polícia Civil concluiu o inquérito do acidente que resultou na morte de três pessoas em Teresina. Raimundo Nonato da Conceição Morais, condutor da Pajero que causou a colisão, foi indiciado e vai responder pelo crime de homicídio qualificado. O fechamento da investigação ocorreu 11 dias depois do acidente, que vitimou Wesley Mora, 27 anos, Jardyel Abreu, 41 anos, e Débora Mavy. Wesley era ex-assessor da vereadora Ana Fidélis, Jardyel era ex-vereador em Monsenhor Gil e Débora era sua sobrinha.
No relatório da investigação consta imagens feitas por câmeras de segurança que mostram Raimundo andando por ruas próximas ao local do acidente e se desfazendo da própria camisa para tentar despistar a polícia. Segundo o delegado Matheus Zanatta, que presidiu o inquérito, o acusado chegou a pintar o cabelo para dificultar ser localizado. Raimundo foi encontrado dois dias depois, escondido na casa de parentes em Caxias.
“Ele não tinha intenção nenhuma de se entregar. Nós o monitoramos desde o acidente, acompanhamos o passo a passo dele, contatamos até os familiares, mas sem retorno. Então representamos pela prisão e ele foi detido. Lembrando que além das três vítimas que morreram, outras três pessoas ficaram bastante feridas nesse acidente”, explicou o delegado Zanatta.
Polícia encontrou digitais do acusado no veículo
As digitais de Raimundo Nonato da Conceição Morais foram encontradas no veículo Pajero causador do acidente. O exame de papiloscopia feito pelo Instituto de Criminalística atestou a presença do DNA do acusado no vidro da tampa traseira do carro, além de terem sido coletados no interior do automóvel recibos no nome dele e a chave da casa que ele estava construindo em Caxias.
O carro, de acordo com a polícia, foi recebido “por conta” por Raimundo, que é mestre de obras e atuava em São Paulo. A Pajero foi avaliada em R$ 15 mil.
Acusado ingeriu mais de um litro de álcool antes do acidente
Ainda segundo o delegado Matheus Zanatta, Raimundo Nonato estaria há mais de uma hora bebendo em um bar nos Três Andares e teria ido até aquele estabelecimento consumir bebida alcoólica por pelo menos três dias seguidos. À polícia ele disse ter ingerido um litro de uísque e meio litro de cachaça antes de pegar o carro e sair dirigindo.
Com o inquérito fechado, a polícia encaminha, agora, o relatório para o Ministério Público, que vai decidir se pede novas diligências, se arquiva o caso ou se oferece denúncia à justiça. Caso a denúncia seja oferecida e a justiça a aceite, Raimundo Nonato se torna réu.
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