Portal O Dia

Fábio Novo atribui derrota eleitoral a operação da Polícia Federal e promete medidas jurídicas

O deputado estadual Fábio Novo (PT) afirmou que a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada durante a campanha eleitoral de 2024 teve um impacto direto na sua derrota para a Prefeitura de Teresina. Apesar de ter conquistado 198.794 votos (43,26%), Fábio Novo foi derrotado pelo atual prefeito da cidade Silvio Mendes (União Brasil), que obteve 239.848 votos (52,19%).

Durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13), Novo destacou que a investigação foi utilizada politicamente contra ele, apesar de não ter sido formalmente acusado, e que a Justiça arquivou o caso por irregularidades processuais.

“Foram seis meses de muito sofrimento para mim, porque na minha vida o que eu construí e o que eu tenho é a minha honra. Não sou de família tradicional da política. Isso me doeu muito. Por que que me doeu? Porque eu participei de várias eleições na minha vida e pela primeira vez eu pude encontrar um jovem num bandeiraço do Dirceu me questionar por desvios de recursos na Secretaria de Cultura. E eu não sabia de nada porque era um inquérito sigiloso”, declarou o deputado.

Assis Fernandes / O DIA
Fábio Novo, deputado estadual

A operação da Polícia Federal foi deflagrada em meio à corrida eleitoral e teve como alvo o então secretário de Cultura do Piauí, Carlos Anchieta. Segundo Fábio Novo, o vazamento da investigação e sua exploração na propaganda eleitoral do adversário contribuíram para sua derrota.

“Passou em todas as televisões onde tinha horário eleitoral a acusação de um inquérito que hoje é nulo, isso, sem sombra de dúvidas, contribuiu para minha derrota”, argumentou.

Assis Fernandes / O DIA
A coletiva de imprensa foi realizada nesta quinta-feira (13)

Justiça arquiva inquérito

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu arquivar por unanimidade a investigação e anular os atos realizados pela Polícia Federal, argumentando que provas foram colhidas sem autorização judicial e que documentos que isentavam a Secretaria de Cultura foram ignorados.

“Por que que anulou? Porque na decisão do desembargador Marcos Bastos, que foi acompanhado por unanimidade, foram seis votos a zero, o que foi feito pela polícia foi feito de forma irregular. E o que que foi irregular? O que é o que está no inquérito? Provas foram colhidas sem autorização do juiz, provas que foram colhidas, que isentavam, inclusive, a Secult e o secretário foram deixadas de lado. Isso é muito grave, e só foram apresentadas depois. O que se chama quebra de provas. Quem está dizendo isso não sou eu, é a justiça por unanimidade", enfatizou.

Ezequiel Araújo/O Dia
Fábio Novo atribui derrota eleitoral a operação da Polícia Federal e promete medidas jurídicas

A eleição foi desequilibrada

Fábio Novo também mencionou que pesquisas indicavam sua vitória antes do episódio.

“Todas as pesquisas mostravam que eu ganharia a eleição. Agora, no programa eleitoral falavam mais desse inquérito que de propostas para a cidade”, disse.

O parlamentar reforçou que buscará reparação jurídica pelo caso.

Eu não quero isso para ninguém, nem pros meus adversários. Então vou buscar todos os remédios jurídicos necessários porque eu sempre disse e tenho certeza de uma coisa: o que foi feito na secretaria foi bem feito, está aí pra todo mundo ver. Tem obra espalhada por todo lugar. Quem vazou? Porque vazou? Qual era a intenção? Desequilibrar o pleito? Foi desequilibrado o pleito? Foi”, concluiu.


Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.