A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina entrou em seu segundo dia nesta terça-feira (13). Quem anda pelas ruas de Teresina se deparada com a ausência do transporte coletivo nas ruas e com paradas cheias. Reunidos na sede da entidade representante da classe, os motoristas e cobradores negaram que estejam impedindo os ônibus de saírem das garagens, conforme teria alegado as empresas.
Em nota, o Setut havia dito que a decisão judicial de colocar 80% da frota de ônibus nas ruas não está sendo cumprida pela categoria e que menos de 30 veículos circularam nos horários de pico, quando o mínimo exigido seria de aproximadamente 215 veículos, configurando descumprimento da ordem judicial.
Mas, segundo Antônio Cardoso, presidente do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte), não há nenhum motim nas portas das garagens impedindo dos veículos de saírem e a quantidade de ônibus circulando por Teresina está compatível com o que prevê a legislação para greve em serviços essenciais. Ele alega que os 80% da frota que a justiça determinou que circule nos horários de pico e os 40% nos horários entrepico não é estado de greve e sim a quantidade habitual de ônibus que roda por Teresina em dias comuns.
Até o momento, não há entendimento entre a categoria e os empresários. “Na realidade, nós continuamos como ontem. Não houve nenhum acordo por parte dos consórcios até agora e não tem nenhuma proposta. A gente queria que eles colocassem alguma coisa, mas não tem nenhuma sinalização. O que se apresenta, infelizmente, é que não há preocupação com o que está acontecendo”, afirma Cardoso.
Sobre as reivindicações de reajuste salarial, o Setut alega que promoveu aumentos e melhorias nos benefícios concedidos aos trabalhadores nos últimos anos. “Em 2022, foi firmada convenção coletiva com concessão de reajuste salarial de 6% e inclusão de novos benefícios, como vale-alimentação e plano de saúde. Em 2023, houve novo reajuste salarial de 6%, aplicado de forma linear a salários e benefícios. Em 2024, foi aplicado reajuste de 6,97%, acompanhado de avanços adicionais nos benefícios sociais”, diz a entidade.
O SETUT informa ainda que vai encaminhar para o Tribunal Regional Eleitoral a comprovação de descumprimento da decisão liminar que determina que 80% da frota circule durante a greve.
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