Durante a quinta oitiva da CPI do Déficit, na Câmara Municipal de Teresina (CMT), foi ouvido o secretário de Planejamento, Marco Antônio Ayres, que em depoimento apontou a possibilidade de superfaturamento em algumas obras da gestão do Dr. Pessoa, como o Hospital da Mulher, que já teria gasto quase 50% do valor da obra e ainda não está de pé.
O secretário declarou que suspeita de despesas no Hospital da Mulher, orçado em R$ 54 milhões. Segundo ele, já foram pagos R$ 17 milhões, com mais R$ 6 milhões em processo de pagamento, representando quase 50% do valor total, recursos que aparentemente não foram aplicados na obra.
“Aí eu pergunto a quem passa lá, não precisa ser engenheiro, nem precisa ser avaliador, nem nada. Se você olhar, você vê que não tem 50% de obra feita. Então, nós suspendemos R$ 6 milhões de pagamentos e os órgãos de controle, o que é que vão dizer, o que é que foi feito de obra lá dentro?”, declarou.
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O vereador Dudu (PT), presidente da oitiva, afirmou que as declarações do secretário de Planejamento foram bombásticas e que é preciso um maior aprofundamento em tudo que foi dito pelo gestor.
“Nós devemos fazer as análises, inclusive, do desvio da finalidade, se houve esse desvio de finalidade, do BB500. Porque remete aqui a suspensão de pagamentos feitos pela gestão atual, onde se suspeitou aqui processos citados aqui pelo secretário Marco Antônio Aires.”, disse.
Dudu ainda citou a aquisição de quatro áreas para cemitérios no valor de R$ 12 milhões e pedidos de pagamentos de R$ 14 milhões para aquisição de área verde em Teresina, que deverão ser apurados com mais profundidade pela CPI.
“Aqui está comprovado, foi pago mais de R$ 12 milhões de compra de terreno com dinheiro de empréstimo. Ainda existem em caixa R$ 16 milhões desse empréstimo do BB500. Está se tentando negociar agora para ver se pega o juro mais baixo e dá um fôlego para a Teresina que paga R$ 34 milhões ao mês aqui só de juros”, declarou.
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