É muito comum ouvirmos alguém dizer “eu como tão pouco e não emagreço”. Mas, será se existe alguma relação direta entre a quantidade de comida ingerida diariamente e a dificuldade em perder peso? A nutricionista Alessandra Aurélio explica que não é bem assim. Segundo a profissional, as pessoas costumam fazer uma associação errada sobre baixo consumo de alimentos e aumento de peso.

O nosso corpo é muito completo, e não é apenas a questão da quantidade de alimento. Outros fatores devem ser associados, como a qualidade do alimento e a individualidade. As pessoas costumam negligenciar refeições, exagerar no período noturno ou fazer dieta por conta própria, e acabam errado em vários quesitos

A nutricionista explica que é necessário compreender o que o paciente ingere e como é sua rotina, e reforça que cada indivíduo possui uma necessidade específica, logo, o plano alimentar de uma pessoa pode não servir para outra. Além disso, a profissional enfatiza que a rotina deve ser considerada na hora de montar esse plano alimentar.

É preciso buscar alimentos que se encaixe na sua realidade, acessíveis e que consigam ser mantidos dentro da rotina. Muitas pessoas culpam determinado alimento ou grupo alimentar pelo aumento do peso e, sem orientação profissional, acabam retirando esses produtos de sua dieta. Por isso, a nutricionista destaca a importância de seguir um plano, aliado com a prática de atividade física.

Muitos dizem que não conseguem comer nos horários determinados devido à correria do dia a dia, assim, a dica da nutricionista é preparar as marmitas e levar em uma térmica, seja para o trabalho ou para a faculdade.

“A obesidade tem uma prevalência maior nas mulheres, pois sua rotina é mais intensa, cuidando da casa, dos filhos e do trabalho. Por isso é preciso organizar, deixar os alimentos pré-prontos, justamente para facilitar. Se tiver dificuldade para ter acesso a um alimento de melhor qualidade, leve sua refeição. Quando estamos com fome não conseguimos raciocinar, então acabamos consumindo o que não é indicado, como os alimentos ultraprocessados”, pontua Alessandra Aurélio.

Como melhorar a qualidade de vida

- melhorar a qualidade da alimentação;

- não pular as refeições;

- consumir proteínas (ovo ou frango);

- reduzir o consumo de carboidratos;

- consumir alimentos de fácil digestão à noite;

- consumir saladas à vontade;

- praticar atividade física regularmente;

- buscar orientação de profissional qualificado.