A saúde de Teresina ainda se encontra sob estado de emergência, conforme decreto assinado pelo prefeito Silvio Mendes. Com um sistema sobrecarregado e enfrentando déficit financeiro, a saúde na capital opera no limite. Órgão responsável pela gestão do setor em Teresina, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) mudou recentemente de comando após a saída de Charles da Silveira. E após assumir a FMS, Leopoldina Cipriano tem buscado formas de aumentar os recursos da saúde, com repactuações com os demais municípios e o Governo Federal.
Segundo a presidente da FMS, a saúde em Teresina opera com um déficit de 20%, ou seja, gasta 20% a mais do que em tese deveria gastar. A Lei Complementar nº 141/2012 determina que os municípios devem investir, no mínimo, 15% de suas receitas com ações e serviços públicos de saúde. Em Teresina, esse investimento tem sido 35%. Para garantir o equilíbrio financeiro da Saúde, a FMS estuda solicitar da Secretaria Estadual (Sesapi) e do Ministério da Saúde um incremento fixo mensal de R$ 69 milhões para Teresina.
Segundo Leopoldina Cipriano, a proposta é válida uma vez que mais da metade dos pacientes atendidos pela rede pública municipal de Teresina são oriundos de outros municípios piauienses e do Maranhão.
“Hoje, mais de 58% da população atendida em Teresina vem referenciada de outros municípios piauienses ou do Maranhão. Precisa rediscutir a pactuação com estes municípios e precisamos que o governo do estado nos apoie, já que a gente não atende só à população teresinense, mas também dos outros 223 municípios do Piauí. Temos um déficit comprovado na Saúde e estamos solicitando da Sesapi e do Ministério da Saúde que aprovem uma resolução no valor de R$ 69 milhões de forma fixa, todos os meses, de incremento para Teresina”, explicou Leopoldina.
A presidente da FMS esteve na quarta-feira (30) em Brasília acompanhada da diretora do Hospital de Urgências de Teresina (HUT), Aranucha Brito, para se reunir com o diretor do Fundo Nacional de Saúde (FNS), Dárcio Guedes. O objetivo do encontro foi discutir o repasse de um montante de R$ 43 milhões para Teresina referentes a uma portaria assinada em 2024 pelo Ministério da Saúde.
Entretanto, segundo Leopoldina, o Ministério tem priorizado somente o pagamento de portarias assinadas em 2025. Por conta disso, a presidente da FMS pediu o apoio da bancada federal piauiense para facilitar o diálogo com a Casa Civil no sentido de autorizar o pagamento deste incremento. “É provisório, mas atende a uma necessidade de Teresina. O valor do ano passado é referente a R$ 43 milhões, que foram aprovados, mas que ainda não foram repassados. Então pedimos o apoio da bancada do Piauí para interceder”, explicou Leopoldina.
A situação de emergência na Saúde em Teresina foi decretada em janeiro pelo prefeito Silvio Mendes e teve seu prazo prorrogado em abril por mais três meses.
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