O vereador de Teresina, Carpejanne Gomes (Podemos), anunciou nesta segunda-feira (22) o rompimento político com o ex-deputado federal e atual secretário da SADA, Fábio Abreu.
Carpejanne, que exerce o primeiro mandato na Câmara Municipal após conquistar 3.003 votos nas eleições de 2024, destacou que contou com o apoio de Abreu durante a campanha, mas afirmou que o diálogo entre os dois foi interrompido após o pleito.
Segundo o parlamentar, a decisão foi motivada por desentendimentos políticos e pela falta de comunicação.
“Na política, nós temos vários momentos. Iniciamos um trabalho com o Fábio Abreu, mas também chegou o momento de romper. Aconteceram situações nos bastidores que não agradaram nem a mim, nem ao secretário. Conversei com ele, chegamos a um consenso e decidi seguir minha vida política. Desejo toda a sorte do mundo, quero dizer para vocês que o Fábio Abreu é um amigo, sempre foi um parceiro, mas, assim, chegou o momento de romper esse ciclo político aqui com ele”, afirmou.
Carpejanne ressaltou ainda que a ausência de diálogo pesou para a ruptura.
“Quando você diz que não precisa de um vereador e de um grupo da Câmara para poder tirar essa votação eu acho que por isso que chegou esse rompimento pois ele não soube dialogar ainda com um vereador de mandato […]. Não existe traição. Existe um rompimento. Eu estive do lado do Fábio Abreu em 2018, 2020, num projeto pessoal dele para prefeito, e também em 2022. Marchamos com o Fábio Abreu em 2024 também. O Fábio Abreu, por retribuição, por tudo aquilo que a gente fez ele veio me ajudar me ajudou não posso negar que teve a parcela dele também na nossa campanha assim como outras pessoas, mas faltou o diálogo”, disse o parlamentar.
Ex-deputado rebate e fala em traição
Procurado pelo PortalODia.com, Fábio Abreu confirmou o rompimento, mas disse ter sido surpreendido pela decisão.
“Infelizmente aconteceu, eu realmente não esperava. Fizemos todo um trabalho para eleger o vereador no Podemos, enfrentamos dificuldades internas e resistências, mas conseguimos. Para nós foi um orgulho eleger o Carpejanne. A decisão foi pessoal dele, nunca chegou a comunicar oficialmente, soube pela imprensa”, declarou.
O secretário também afirmou que o afastamento não compromete sua trajetória política.
“Para mim é natural. Sempre disputei eleições em Teresina sem o apoio de vereadores. Já fui eleito com mais de 62 mil votos e sem sequer ter suplente. Então esse é o fato, que a gente trabalha o fortalecimento de várias lideranças porque Teresina tem essa característica de ter a sua independência”, relatou.
Ao comentar sobre a acusação de “traição”, Abreu foi categórico e relatou que caberá apenas à população julgar o que for necessário.
“A história, ela sempre destaca exatamente essa questão: às vezes até se aceita traição, mas se odeia o traidor então na política não é diferente. Alguém que pega a pecha de traidor ele realmente fica muito complicado para ele e a população que vai fazer esse juízo do que realmente aconteceu”, concluiu.
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