O presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves (FMC), maestro Aurélio Melo, afirmou ao PortalODia.com que a gestão municipal pretende ampliar o apoio aos blocos de Carnaval de Teresina em 2026. Segundo ele, a melhoria nas contas públicas abriu novas perspectivas de investimento para o setor cultural no próximo ano, especialmente para o Carnaval de Teresina 2026, primeiro grande evento da pasta.
De acordo com o maestro, a proposta já está sendo discutida com o prefeito e deve priorizar iniciativas que promovam a ocupação do centro e dos bairros.
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“Essa pauta já está com o prefeito, nós já começamos a conversar. A princípio nós temos um envolvimento, uma coisa que tem muito a ver com a própria proposta do prefeito de movimentação do centro da cidade e dos bairros. E a melhor maneira que nós vimos, que eu inclusive vi ainda, mesmo a prefeitura não tendo participado do carnaval, mas foi o movimento de blocos nos bairros e no centro”, destacou ao O Dia.
A FMC já iniciou diálogos com diretores e presidentes de blocos para definir o modelo de apoio para o próximo ano. Melo ressaltou, no entanto, que todas as decisões dependerão da capacidade financeira da administração municipal.
“A princípio, a proposta que nós estamos levando para o prefeito, primeiramente, é ver o que é possível, e dando prioridade, no que for possível, a esses eventos que envolvem os bairros, a comunidade, e esses contatos são os blocos da cidade, que nós estamos começando a conversar. Mas, é como eu estou falando, nós estamos indo conforme está indo a balança da prefeitura”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de contratar grandes artistas, como ocorre em outros carnavais do Nordeste, Aurélio Melo foi categórico ao dizer que isso não está nos planos da FMC.
“Tem muita gente que às vezes fala ‘ah, mas numa cidadezinha lá do interior, que às vezes só tem uma rua, conseguiram trazer banda tal, conseguiram trazer Safadão, essa coisa toda, por que Teresina, na cidade grande não é e não consegue trazer esses grandes eventos? Bom, isso nunca, pelo menos, não está nas nossas prevenções de fazer isso. Se você for gastar um milhão de reais com o cantor de fora, com isso dá para fazer mil projetos dentro da fundação durante um ano. Então, essa sensibilidade é que eu valorizo muito do prefeito”, relatou.
Corso de Teresina 2026
Sobre a realização do Corso 2026, tradicional evento pré-carnavalesco que chegou a ser considerado um dos maiores do mundo, Melo afirmou que o tema ainda está em avaliação. Em 2025, o desfile foi cancelado por dificuldades orçamentárias enfrentadas pelo município.
“Ainda não há atualizações sobre o Corso. Isso está na pauta. Está certo? Eu não posso adiantar, porque eu vou junto com a prefeitura, junto com a realidade. Vai ter carnaval, só que o curso ainda está em trâmite”, explicou.
Cenário da cultura em 2025 e expectativas para 2026
O presidente da FMC reconheceu que 2025 foi um ano “muito difícil” para a cultura em Teresina, devido à queda no orçamento. Mesmo assim, a Fundação conseguiu manter atividades com artistas próprios, como bandas de música, grupos de sanfona, Orquestra Sinfônica de Teresina e o Balé da Cidade.
“Foi um ano realmente muito difícil, mas mesmo assim, com todas as dificuldades, nós conseguimos manter eventos com artistas da fundação. A fundação, apesar de ter um orçamento bem lá embaixo, ela caiu bastante, mas é uma fundação que tem, que mantém muitos artistas dentro, que são funcionários. Nós temos muitos músicos e bailarinos. Então, o que nós conseguimos fazer para manter essa cultura viva foi colocar bandas de sanfona, bandas de música, orquestra sinfônica, balé da cidade e várias apresentações. O ano todo fizemos apresentações, mas ficou faltando projetos que envolvem a comunidade”, comentou.
Com o equilíbrio das finanças municipais, Melo afirma estar otimista para 2026.
“A perspectiva nossa é a perspectiva da prefeitura. Você vê o prefeito falando que está conseguindo equilibrar as finanças, e isso é muito bom para a gente, porque a gente começa a pensar, ver a possibilidade de aumentar o orçamento da fundação para fazer esses projetos que saem da Fundação Cultural Monsenhor Chaves e vão realmente para a comunidade. Porque o evento na comunidade nós fizemos com os artistas, estamos fazendo. Mas nós precisamos ampliar essa coisa. Eu estou muito otimista para o próximo ano”, finalizou.
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