A defesa de Francisco Fernando de Oliveira Costa – suspeito de ter matado o vereador de Parnaíba, Thiciano Ribeiro, e a guarda municipal Penélope Brito – se manifestou sobre a prisão e o ocorrido na manhã de ontem (27) no Centro de Teresina. Segundo o advogado Marcos Araújo, Fernando teve um surto psicótico quando atirou contra as vítimas e as matou.
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Este surto teria começado após ele descobrir o relacionamento de Penélope, sua ex-esposa, com o vereador Thiciano. Fernando e Penélope haviam se divorciado há seis meses. O advogado nega que o crime tenha sido premeditado.
O Fernando teve um surto psicótico ao descobrir que a mulher dele mantinha uma relação amorosa com o vereador. Teve um surto psicótico. Ele não lembra. Ele estava há 72 horas sem dormir, há 48 horas sem comer e beber e ele teve um surto psicótico.
A defesa alega que Fernando não teve tempo de planejar os assassinatos, como afirmou a polícia. Em entrevista após a prisão do suspeito, o delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da Polícia Civil, disse que Fernando saiu de Parnaíba à meia-noite e que já veio para Teresina no intuito de matar Penélope e Thiciano. Mas a defesa rebateu, alegando que o suspeito trabalhou até meia-noite.
“O Fernando trabalhou em Parnaíba até meia-noite. Eles [as vítimas] já estavam em Teresina. Fernando não os seguiu. Não houve uma preparação. Ele trabalhou e vamos comprovar. Já solicitamos à Guarda Municipal de Parnaíba que nos forneça a cópia da escala de serviço. A verdade é que o Fernando trabalhou até meia-noite e saiu de lá por volta da meia-noite, chegando aqui às 4h da manhã”, diz o advogado.
Marcos Araújo reconheceu legalidade da prisão do suspeito e afirmou que só depois que o inquérito for concluído, dentro de dez dias, é que a defesa verá qual direcionamento vai tomar.
Armas apreendidas em casa
A defesa de Francisco Fernando não viu nenhuma ilegalidade no armamento encontrado na casa do suspeito em Parnaíba. O advogado Marcos Araújo questionou a ação da polícia em cumprir mandado de busca e apreensão na residência de seu cliente. “Acho estranho que alguém que é do sistema de segurança desconheça a [lei] 10.826, que diz que todo e qualquer policial pode ter registrado até oito armas e ter 80 munições de cada arma”, explicou.
O advogado pontuou que Francisco tem apenas três armas, que são as que foram encontradas com ele, sendo que uma é da Guarda Municipal de Parnaíba. Todas as três, segundo ele, estão devidamente registradas.
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