A audiência de julgamento da vereadora Tatiana Medeiros segue a portas fechadas e com um forte esquema de segurança no Fórum Eleitoral de Teresina. A audiência, presidida pela titular da 1º Zona Eleitora, juíza Junia Maria Feitosa Fialho, começou hoje (24) para ouvir 112 pessoas, entre testemunhas de acusação e defesa, além dos próprios investigados.
Ao Portalodia.com, o um dos advogados da vereadora, Edson Araújo, comentou a audiência e disse estar tranquilo com o andamento do processo. Questionado sobre uma possível reviravolta no caso, ele diz que a reviravolta que se espera é o cumprimento da lei. “Nossas expectativas são as melhores possíveis, a defesa está absolutamente preparada e a reviravolta que esperamos é que se cumpra a lei”, afirmou Edson.
De acordo com ele, Tatiana Medeiros está tranquila e aparenta segurança. Sobre a atuação da defesa, o advogado diz que aposta na nulidade das provas, que já havia sido atestada pela justiça no decorrer da fase de instrução. Edson se refere ao Relatório de Inteligência Finaceira (RIF) do COAF, que embasou o inquérito da Polícia Federal e que, segundo os advogados, teria sido obtido sem seguir o rito formal de requisição documental por parte da polícia, o que o tornaria ilegal.
A captação de provas sem autorização judicial, segundo Edson, é um fator suficiente para comprometer todo o processo investigativo e, portanto, todas as provas que forem arroladas no processo. “Estamos otimistas sim para a absolvição. Ela alega inocência e é nisso que acreditamos”, finaliza o advogado.
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Julgamento deve entrar pela noite
O depoimento do delegado da Polícia Federal, Daniel Araújo Alves, durou toda a manhã e entrou pelo começo da tarde. O delegado Daniel é um dos responsáveis pelo inquérito da Operação Escudo Eleitoral, que resultou na prisão da vereadora Tatiana Medeiros. Ele era uma das 12 testemunhas que seria ouvidas neste primeiro dia, mas como seu depoimento durou até há pouco, a audiência de julgamento da vereadora deve entrar pela noite.
Ainda restam 11 testemunhas para serem ouvidas. Dentre elas, a de outra delegada da PF diretamente envolvida no inquérito, Adília Klein, que começou a prestar depoimento agora no começo da tarde.
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