Localizado na região Centro-Sul de Teresina, o Museu da Imagem e do Som (MIS) foi aberto ao público no último aniversário de capital, celebrado em 16 de agosto. O local está funcionando regularmente nos dois turnos, de segunda a sexta-feira, de 08h às 12h e 14h às 18h, em um prédio histórico da década de 1920, após passar quase doze anos em processo de reforma, com investimento de mais de R$ 8 milhões.
O espaço havia sido inaugurado anteriormente, em dezembro de 2024, mas continuou fechado ao público. Agora revitalizado, o Museu se encontra de portas abertas para receber e entreter a população em geral, se tornando um verdadeiro ponto de encontro e celebração, especialmente para os amantes de música, cinema, fotografia e artes visuais em geral.
Entre as novidades da inauguração está a abertura de uma exposição especial, que homenageia o consagrado artista piauiense Torquato Neto, que marcou o movimento cultural da Tropicália e fez história na música e na poesia brasileiras. Reunindo documentos, imagens e registros que retratam a vida e a trajetória do artista, a mostra fica na Galeria Torquato Neto, é gratuita e acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.
Além da homenagem a Torquato, o museu também conta atualmente com a exposição “Colorindo Nossas Memórias”, voltada para o público infanto-juvenil e modernizada com Inteligência Artificial, que fica na Galeria Francisco das Chagas Júnior. A área homenageia o jornalista, morto em um acidente de trânsito em 2016, fundador do coletivo cultural Salve Rainha e idealizador do Museu.
O MIS também proporciona visitas abertas para grupos, que exigem agendamento prévio. Para escolas, instituições ou demais interessados, a Prefeitura informa que é necessário enviar um ofício para o e-mail imagemesomteresina@gmail.com, informando a data, o horário, a instituição (se houver) e o número de visitantes.
O público ainda pode ter uma experiência que mistura cultura e gastronomia ao visitar a Galeria Café, que funciona dentro do Museu, de quinta a domingo, das 16h às 19h30. Mais do que um espaço de preservação e produção da memória e da arte, o MIS promete ser um ponto importante de Teresina, unindo tradição e inovação.
O local funciona no cruzamento das ruas Barroso e Elizeu Martins (climatizada), no centro de Teresina. O prédio que hoje abriga o MIS já foi utilizado como um banco e até como a Câmara Municipal, contando com cinco andares. Entre os espaços estão galerias de exposição, sala de cinema, auditório, biblioteca, pinacoteca, salas especiais para edição de vídeo e oficinas, restaurante, cafeteria e até um mezanino com vista para a cidade.
Paulo Dantas, diretor do Museu da Imagem e do Som, afirma que o MIS é, atualmente, o local público com a maior quantidade de espaços agregados. “É um fruto muito bonito que hoje pode ser oferecido para a cidade e os artistas em geral. A ideia é fortalecer cada vez as parcerias com os artistas e os grupos culturais”, diz o gestor. O diretor reforça o convite para aqueles que desejam expor sua arte e exibir seu filme no local.
Mariana Medeiros, membro do coletivo Chagas Júnior, grupo responsável pela pauta de inauguração do museu no aniversário de Teresina, destaca que uma nova programação semestral está sendo preparada para o local. “O cronograma vai contra com cineclubes, com a exibição semanal de filmes piauienses. Também devemos ter atrações culturais, como DJs e artistas locais, e exposições como as que estão sendo expostas agora. Queremos continuar essa programação em conjunta”, afirma Mariana, que também é representante do conselho municipal de política.
A abertura oficial do Museu da Imagem e do Som chega com a proposta da renovação de um importante polo de arte e educação. O espaço tem a capacidade de ajudar no processo de revitalização do Centro de Teresina e criar novas conexões entre artistas, estudantes e o público em geral.
Com o MIS, a capital piauiense ganha um espaço multifuncional que une preservação da memória audiovisual e incentivo à criação contemporânea de produtos culturais. É um espaço vivo, de encontro, troca de ideias e fortalecimento da arte do estado. O museu abre as portas para o passado, mas também aponta para o futuro, pronto para ser ocupado e se reafirmando como um dos maiores símbolos da cultura piauiense.
Rebeca Negreiros, especial para o Portal O Dia, edição de Isabela Lopes.
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