Após a morte de cerca de 200 animais, registrada entre o final de julho e o início de agosto deste ano, na região do Vale do Itaim, no Sul do Piauí, a Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) iniciou uma força-tarefa para investigar as causas dos óbitos. A situação mobilizou técnicos e especialistas da área de defesa animal, que estão percorrendo propriedades rurais e analisando amostras para esclarecer o que motivou a ocorrência, que tem gerado preocupação entre produtores e criadores da região.
Segundo as investigações, os animais apresentaram reação adversa à aplicação da vacina contra clostridioses, doença que provoca sintomas como inchaço, rigidez muscular, tremores e convulsões nos animais. Os óbitos foram registrados em até 48 horas após aplicação da vacina Excel 10. Estão sendo investigados os lotes 016/2024 e 018/2024, produzidos pelo laboratório Dechra.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) suspendeu cautelarmente a comercialização e uso dos dois lotes da vacina em todo o território nacional até a conclusão das investigações. Foram realizadas necrópsias dos animais e em seguida encaminhadas para análise laboratorial na Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Instituto Biológico de São Paulo.
Fábio Abreu, secretário da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), reforçou que o objetivo do trabalho realizado pela Adapi é dar transparência às investigações e tranquilidade aos criadores.
“Queremos que os resultados laboratoriais sejam divulgados o mais rápido possível, para assegurar aos produtores que o problema está restrito a esses dois lotes e que a vacinação contra outras doenças deve continuar normalmente, garantindo a sanidade dos rebanhos”, afirmou.
De acordo com o gerente de Defesa Animal da Adapi, Idílio Moura, aproximadamente 200 animais já foram contabilizados como óbitos suspeitos. Ele reforçou que o órgão está atuando em conjunto com as instituições parceiras e que todos os produtores afetados devem comunicar imediatamente novas ocorrências. “Nosso trabalho é proteger o rebanho piauiense e dar respostas rápidas aos criadores, reduzindo os impactos sanitários e econômicos dessas perdas”, informou.
Novos casos devem ser comunidados imediatamente por meio do sistema e-SISBRAVET.
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