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Tarifaço dos EUA: Merlong Solano diz que bolsonaristas têm dificuldade para explicar “traição ao Brasil”

O coordenador da bancada federal do Piauí no Congresso Nacional, deputado Merlong Solano (PT), criticou duramente a postura de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro diante da iminente sobretaxa dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Ao PortalODia.com, o parlamentar classificou a situação como uma “traição ao país” e afirmou que os bolsonaristas estão enfrentando dificuldades para justificar o episódio à população.

Assis Fernandes / O DIA
Tarifaço dos EUA: Merlong Solano diz que bolsonaristas têm dificuldade para explicar “traição ao Brasil”

“Eu classifico como um ato de traição. Então, neste momento, em relação a este assunto, o bolsonarismo é que está tendo de se explicar”, disparou Merlong.

O deputado questionou o apoio de bolsonaristas ao presidente norte-americano Donald Trump, cuja gestão, segundo ele, tem sido agressiva em relação ao Brasil, especialmente no que diz respeito à economia e à independência do Judiciário.

“Como que um presidente que é candidato a ditador do mundo como Donald Trump ataca o Brasil de maneira muito agressiva em relação a independência do Poder Judiciário? E principalmente em relação à nossa economia, o nosso emprego, sobretaxando os produtos do Brasil sem qualquer justificativa econômica”, relatou.

Merlong também acusou integrantes do clã Bolsonaro de articularem medidas contrárias aos interesses do Brasil diretamente nos Estados Unidos.

“Inclusive os Estados Unidos têm superávit com o Brasil e eles ainda ficam defendendo. Quer dizer, mais do que isso, o filho do ex-presidente está lá articulando medidas contra o Brasil, anunciando até antecipadamente algumas delas e depois comemorando quando o Trump adota a medida contra o Brasil”, argumentou.

Críticas ao uso político do termo ‘populismo’

Na entrevista, Merlong Solano também rebateu as críticas da oposição a programas sociais do governo Lula, como o Minha Casa, Minha Vida e o Pé-de-Meia. Para o deputado, chamar tais iniciativas de “populistas” é uma forma de rejeitar a inclusão dos mais pobres no orçamento público.

“Os tais conservadores não aceitam de maneira nenhuma a inclusão dos mais pobres no orçamento. Eles preferiam que esse dinheiro, que é usado para um programa tão bonito quanto o Minha Casa Minha Vida e outros programas, como por exemplo o Pé de Meia, fosse para o sistema financeiro, fosse para os incentivos fiscais que iam terminar no bolso das grandes empresas, como boa parte já terminou. Então é por isso que eles acham que esse programa é populista. Na verdade, esse programa é sinal de dignidade e ele ajuda a explicar porque a nossa economia está crescendo sempre acima das expectativas do mercado. Ela é fortemente geradora de renda, melhora o salário das famílias e ainda dá dignidade com a residência, com a casa própria”, finalizou.


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