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STJ arquiva ação penal contra Rejane Dias quando era gestora da SEDUC

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pelo arquivamento da ação penal que envolvia a ex-deputada federal e atual conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Rejane Dias, também ex-primeira-dama de Teresina. A investigação se referia ao período em que ela ocupou o cargo de secretária de Educação na gestão de seu marido, Wellington Dias.

Assis Fernandes/ODIA
STJ arquiva ação penal contra Rejane Dias quando era gestora da SEDUC

A decisão do STJ, tomada em sessão colegiada, foi divulgada nesta segunda-feira (8) e, ainda pela manhã, Rejane Dias se pronunciou publicamente em suas redes sociais. Segundo Dias, o arquivamento da ação penal confirma a inexistência de fundamentos legais para as acusações apresentadas. E disse ainda que decisão judicial atesta o que sempre soube: a legalidade e a transparência absolutas que guiaram nossa gestão. Confira a nota publicada por Rejane Dias.

Nota de Rejane Dias

“É com serenidade e um profundo senso de justiça que compartilho o desfecho de um longo processo que visou a minha conduta como gestora pública à frente da Educação do Piauí. O Conselho Superior do STJ, em decisão colegiada, determinou o arquivamento do pedido de ação penal, reconhecendo a total inexistência de justa causa para as acusações. A decisão judicial atesta o que sempre soube: a legalidade e a transparência absolutas que guiaram nossa gestão. 

Minhas formações em Direito e Administração sempre guiaram minha conduta na gestão pública, pautada pelo zelo às pessoas e pela estrita observância da Constituição e das leis. A legalidade de todos os atos foi comprovada pela aprovação regular das prestações de contas nos mais diversos órgãos de controle, como TCU, TCE, FNDE e conselhos estaduais. No entanto, em um ambiente de tensão e espetacularização, foi levado ao STJ um pedido de ação penal que, no entanto, não apresentava nenhum indício de ilegalidade ou um único documento que comprovasse qualquer ato contrário à Lei da minha parte.

Para além dos autos e processos, confesso o quanto este período foi doloroso para mim e a minha família. Foram mais de três anos em que acusações infundadas tentaram manchar não apenas o meu nome, mas a minha história como mulher, mãe e esposa. A carga é sempre mais pesada para as mulheres na vida pública mas a minha fé na justiça de Deus e nas instituições democráticas foi meu esteio, mantendo-me firme na certeza de que a verdade prevaleceria. Essa verdade é a mesma que construímos com trabalho na Secretaria de Educação. Sob a minha gestão, com uma equipe dedicada, entregamos legados concretos para o povo piauiense:

1. Levamos educação superior a todos os 224 municípios através da UAPI, tornando o Piauí o único estado do país com 100% de cobertura.

2. Inovamos com o Canal Educação, usando tecnologia para levar ensino de qualidade a todos os cantos do estado. 

3. Democratizamos o acesso à universidade com o PRÉ-ENEM SEDUC, colocando milhares de jovens da rede pública nas melhores faculdades do país.

4. Implementamos o programa “Poupança Jovem”, já inovando no incentivo aos nossos estudantes, no combate à evasão escolar e na redução de reprovações no ensino médio;

5. Expandimos as escolas de tempo integral, oferecendo mais oportunidades e proteção social aos nossos estudantes e valorizamos os professores, com progressões de carreira e incentivo à pós-graduação.

Agora, com o capítulo judicial encerrado, sigo honrada e renovada em meu compromisso com uma gestão pública íntegra, técnica e transparente, sempre ao serviço do povo.

Agradeço imensamente a Deus – minha fortaleza! – à minha família e aos amigos que, de forma inquebrantável, acreditaram em mim.

O ministro Wellington Dias, que na época das investigações era governador do Estado, também se pronunciou sobre a decisão do STJ.

Nota de Wellington Dias

Durante os 16 anos em que fui Governador do Piauí, enfrentei inúmeros ataques políticos. Inconformados por não encontrarem nada que desabonasse minhas gestões, esses ataques ultrapassaram todos os limites e atingiram o que tenho de mais precioso: a minha família. No clima de extremismo e violência do governo anterior, tentaram desconstruir os valores que sempre nortearam a minha vida e a da Rejane – valores herdados de nossos pais e avós: humildade, honestidade, integridade e a simplicidade de quem vive para servir.

Hoje reafirmo, com serenidade e convicção: o que a Justiça reconheceu é algo de que nunca tivemos dúvida. Rejane é inocente de todas as acusações infundadas que sofreu. Mais que isso: é extremamente competente e comprometida. Indicá-la para comandar a Educação foi uma das decisões mais acertadas da minha gestão. Sua liderança, sua formação em Direito e Administração e sua paixão por servir resultaram em conquistas concretas: apoiamos os municípios, realizamos concursos, qualificamos professores e tiramos o Piauí da penúltima posição para alcançar o 4º lugar em crescimento da qualidade da educação – resultado que hoje se confirma na gestão do governador Rafael.

A mentira fere, magoa e causa um mal imenso. Eu sabia que, ao atacá-la, queriam me atingir. Sofri com sua dor, mas nunca baixamos a cabeça. Confiamos em Deus e na Justiça. E hoje, a verdade prevaleceu.

Que este momento seja de reflexão: um fortalecimento da fé, um reconhecimento da amizade de quem permaneceu ao nosso lado e a renovação da esperança em um mundo com menos ódio e mais justiça.

Rejane, não apenas te amo: admiro tua força, coragem e resiliência. Nossos filhos, nossos netos e eu – especialmente eu – temos muito orgulho de você.


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