O Piauí foi contemplado com um investimento anual de R$ 3,2 milhões para fortalecer a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD). O anúncio foi feito neste domingo (21), durante a semana de mobilização do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em todo o país como uma data de conscientização e defesa de direitos.
No estado, os recursos serão destinados à ampliação e habilitação de dois Centros Especializados em Reabilitação (CERs) localizados em Piripiri e Floriano. Essas unidades multiprofissionais terão a missão de ampliar o atendimento a crianças, adolescentes e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), oferecendo serviços que vão do diagnóstico precoce ao acesso a tecnologias assistivas, passando por acompanhamento médico, terapias e suporte multiprofissional.
Segundo a superintendente do Ministério da Saúde no Piauí, Antônia Maria Sousa Leal, a medida integra o programa Agora Tem Especialistas, que busca interiorizar os serviços e aproximar os cuidados da população.
“A iniciativa vai ampliar os serviços e atendimentos, levando mais dignidade e qualidade de vida aos usuários do sistema de saúde e às suas famílias. São mudanças que promovem mais acesso ao diagnóstico, à reabilitação, ao tratamento, às tecnologias assistivas e ao acompanhamento multiprofissional, centrado na funcionalidade das pessoas com deficiência.”, celebra a superintendente.
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Além do impacto direto em Piripiri e Floriano, os recursos devem fortalecer a rede de atendimento em todo o Piauí, que ainda enfrenta desigualdades no acesso a serviços especializados. Com a ampliação, a expectativa é reduzir a sobrecarga das famílias que precisam se deslocar para a capital em busca de assistência.
O investimento no Piauí faz parte de um pacote de R$ 72 milhões anunciado pelo Governo Federal para reforçar a RCPD em 18 estados e no Distrito Federal. Entre as medidas previstas em todo o país estão:
23 novos Centros Especializados em Reabilitação (CERs);
33 unidades com aumento de 20% no custeio, ampliando a capacidade de atendimento;
15 veículos de transporte sanitário adaptado, para garantir deslocamento seguro de pacientes;
8 ampliações de porte em CERs já existentes, que passarão a oferecer mais modalidades de reabilitação.
Com essa expansão, o Brasil passa a contar com uma rede pública de 326 centros, que já recebem R$ 975 milhões anuais em repasses federais.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a medida é inédita no país. “Pela primeira vez, o Ministério da Saúde estabelece uma linha de cuidado do transtorno do espectro autista. Essa linha de cuidado tem como centro, talvez a medida mais importante, a recomendação mais importante, o esforço para o diagnóstico precoce e o início dos cuidados, das intervenções, o mais precoce possível", afirmou.
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