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Piauí terá produção de 27 mil toneladas de níquel a partir de 2029 e 3,5 mil novos empregos

O Piauí pode se tornar, nos próximos anos, um dos principais fornecedores de níquel e cobalto do mundo. É essa a promessa do Projeto Piauí Níquel (PPN), da empresa Brazilian Nickel (BRN), que prevê entrar em operação em 2029 com capacidade inicial de produção de 27 mil toneladas de níquel e mil toneladas de cobalto por ano. No pico das obras, a expectativa é gerar cerca de 3.500 empregos diretos e indiretos no estado.

Reprodução/ Gov Pi
Projeto de mineração de níquel poderá gerar mais de 3 mil empregos no estado.

Diretores da BRN estiveram reunidos com o governador Rafael Fonteles, representantes do governo estadual e da Investe Piauí para atualizar o status do empreendimento e discutir as próximas etapas. O encontro girou em torno do alinhamento político, da consolidação de apoios institucionais e das negociações de financiamento que podem chegar a cifras bilionárias.

Um dos destaques apresentados foi a carta de intenção emitida pela U.S. Development Finance Corporation (DFC), agência do governo dos Estados Unidos, sinalizando disposição para financiar até US$ 550 milhões do projeto. O investimento faz parte de um programa para reforçar cadeias de suprimento de minerais estratégicos, essenciais para a indústria de energia limpa.

A BRN também foi selecionada em chamada pública conjunta do BNDES e da Finep, ficando entre os 56 projetos que avançam para a fase de elaboração do plano de apoio e definição do valor do aporte. A iniciativa mira setores estratégicos para a transição energética e a neoindustrialização brasileira.

No campo comercial, a empresa já garantiu dois Memorandos de Entendimento (MOU) com compradores na Europa: a Pure Battery Technologies (PBT), na Alemanha, e a Electro Mobility Materials Europe (EMME), na França. Os acordos, com duração mínima de dez anos, preveem o fornecimento anual de até 5 mil toneladas de níquel e até 200 toneladas de cobalto para a PBT, e até 10 mil toneladas de níquel e 385 toneladas de cobalto para a EMME.

Em 2024, o PPN recebeu o selo internacional Nickel Mark, que reconhece boas práticas ambientais e sociais na cadeia de produção do níquel. Entre os diferenciais técnicos, o projeto adotará a lixiviação em pilha, tecnologia de baixo carbono no processamento do minério.


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