O deputado estadual Francisco Limma (PT) afirmou que a base governista poderá articular uma chapa alternativa para a disputa proporcional à Câmara Federal. A ideia, segundo ele, seria criar um espaço para abrigar partidos aliados diante das dificuldades impostas pela possível redução do número de vagas do Piauí no Congresso Nacional. A declaração foi dada ao O Dia nesta terça-feira (9).
No início do ano, o governador Rafael Fonteles (PT) havia definido que apenas duas chapas proporcionais seriam lançadas pelo Palácio de Karnak: uma formada pelo PT e outra pela fusão PSD/MDB. No entanto, com o veto integral do presidente Lula ao projeto que ampliaria o número de cadeiras na Câmara, o Piauí poderá perder dois assentos federais e, em consequência, até seis cadeiras na Assembleia Legislativa.
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“Tem o caso dos federais que talvez a gente precise encontrar uma solução para abrigar mais um bloco, porque com a redução das vagas, isso termina criando um mal-estar e isso vai tensionando. Eu acho que a nível federal talvez vai ter que ter”, explicou.
Apesar de reconhecer a necessidade de ajustes, o deputado ponderou que a formação de novas chapas nem sempre é vantajosa.
“Eu acho que não é interessante para os partidos [criar chapinha], porque nas atuais regras eleitorais, os saldos, quando você fatia muito, você termina perdendo espaço e perdendo vagas. No pleito passado, por exemplo, se não tivesse uma chapinha para federal ou estadual, nós tínhamos eleito mais um deputado federal. Então, acho que não é saudável atualmente”, relatou.
Limma acrescentou que qualquer definição só ocorrerá no fim do ano, próximo ao prazo eleitoral.
“Isso [montagem de chapa alternativa] só vai ser definido mesmo no final deste ano para o ano que vem. E não temos como tratar ou definir isso antes do dia 4, dia 5 de outubro, que é o prazo que se tem para ajuste na legislação eleitoral ou até na composição do Congresso. Eu acho que por enquanto é especulação”, disse.
Possibilidade de expulsão de deputados
O parlamentar também comentou sobre a invasão de bases eleitorais por aliados da própria base governista. Ele ressaltou que casos de desrespeito às normas internas e à ética partidária podem levar a punições, incluindo a expulsão.
“Ética e regras de convivência republicana entre todos os partidos, entre todos os parlamentares. Afinal de contas, a política também tem suas regras. E quem não obedece às regras, sobretudo com base na ética, termina, às vezes, sendo alijado ou tendo mais dificuldade do que outros”, concluiu.
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