A Polícia Federal, por meio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Piauí (FICCO/PI), deflagrou nesta sexta-feira (17) a segunda fase da Operação Cifra Oculta, que investiga um grupo suspeito de tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. A ação é um desdobramento de investigações anteriores que identificaram uma rede estruturada e com atuação contínua desde 2020.
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A nova etapa é um desdobramento da operação iniciada na terça-feira (14), quando a Polícia Federal já havia cumprido 18 mandados de busca em sete cidades, incluindo capitais e municípios nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará e São Paulo.
As investigações identificaram o núcleo alvo da operação, localizado em Teresina, que atuava como ponto de ligação entre fornecedores de outros estados e distribuidores locais. As apurações indicam movimentações financeiras expressivas e o uso de empresas de fachada para ocultar a origem dos valores.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos, dinheiro, armas e entorpecentes. A operação tem como objetivo enfraquecer a atuação do grupo e interromper o fluxo de recursos e drogas destinados ao estado.
A FICCO/PI é uma iniciativa de cooperação promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, coordenada pela Polícia Federal e composta pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, além das Polícias Civil, Militar e Penal do Piauí. Seu objetivo é promover a integração e a cooperação entre os órgãos de segurança pública em ações de prevenção e repressão ao crime organizado.
Investigação aponta movimentação de R$ 35 milhões e uso de empresas de fachada
Na primeira etapa da operação, realizada na terça-feira (14), a Polícia Federal deflagrou um esquema de tráfico de drogas interestadual e lavagem de dinheiro operado no Piauí e em três estados brasileiros. A Operação Cifra Oculta cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em Teresina, Luís Correia, Timon, Fortaleza e também nas cidades paulistas de Itaquaquecetuba e Campinas. As investigações apontaram que o grupo movimentou mais de R$ 35 milhões com o esquema.
“O grupo mantinha estrutura em vários estados, com núcleos voltados à aquisição e transporte de drogas, lavagem de capitais e distribuição de entorpecentes. O esquema movimentou mais de R$ 35 milhões por meio de empresas de fachada e pessoas interpostas”, disse a PF em nota.
Durante as diligências foram apreendidos documentos, valores e mídias eletrônicas que dão detalhes sobre o funcionamento e o fluxo financeiro da organização. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A operação também teve o apoio da Polícia Militar de São Paulo, por meio do 1º BAEP, no cumprimento de mandado de busca e apreensão em Campinas/SP.
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