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Número de trabalhadores informais no Piauí volta a crescer e é o terceiro maior do Brasil

Após registrar a menor taxa de informalidade na série histórica, o mercado de trabalho informal piauiense volta a apresentar um leve crescimento. No segundo trimestre de 2025, a informalidade alcançava 51,8% da força de trabalho estadual, enquanto no terceiro trimestre essa proporção cresceu para 52,7% dos ocupados, totalizando 724 mil pessoas, sendo a terceira maior do País, atrás apenas do Maranhão (57,0%) e do Pará (56,5%).

Em relação ao terceiro trimestre de 2024, a taxa de informalidade no mercado de trabalho piauiense apresentou um decréscimo de 1,7 ponto percentual, pois a taxa daquele período foi de 54,4% dos ocupados.

Assis Fernandes/ODIA
Número de trabalhadores informais volta a crescer no Piauí, aponta IBGE

Entre os informais no mercado de trabalho piauiense, o maior contingente é o daqueles ocupados por conta própria sem CNPJ, com 344 mil pessoas (47,5%), seguido pelos empregados sem carteira assinada, que teve 253 mil pessoas (35%), além dos 83 mil empregados domésticos sem carteira assinada (11,5%), 23 mil trabalhadores familiares auxiliares (3,1%) e os 21 mil empregadores sem registro no CNPJ (2,9%).

Piauí registrou o maior número de pessoas ocupadas desde 2015

Desde 2015 o Piauí não apresenta uma população ocupada como a que foi registrada no terceiro trimestre de 2025, quando foram encontradas 1,37 milhão de pessoas trabalhando. Em relação ao trimestre passado, houve um incremento de 43 mil pessoas ocupadas. Em comparação com o terceiro trimestre de 2024, o aumento de pessoas ocupadas foi menos significativo, de 11 mil pessoas a mais. São dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).

Esse aumento registrado na ocupação no terceiro trimestre do ano ocorreu, principalmente, em dois grupos, os empregados do setor público sem carteira de trabalho, que apresentou um crescimento de 16 mil pessoas e os ocupados por conta própria, com 30 mil pessoas a mais na força de trabalho piauiense.

Divulgação/IBGE
Piauí registrou o maior número de pessoas ocupadas desde 2015

No Brasil, o crescimento do número de pessoas ocupadas foi de 118 mil entre o segundo e o terceiro trimestres de 2025, especialmente entre os empregados do setor público sem carteira assinada, entre os quais se verificou um aumento de 111 mil pessoas e os ocupados por conta própria sem CNPJ, com um incremento de 153 mil indivíduos. O grupo que mais reduziu sua participação na força de trabalho ocupada foram os empregados domésticos, com 193 mil pessoas a menos, em relação ao segundo trimestre de 2025.

Taxa de desocupação cai no Piauí

O Piauí registrou a menor taxa de desocupação do ano no terceiro trimestre de 2025, com uma taxa de 7,5%, uma redução de 1 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre passado e 2,7 p.p. em comparação com o primeiro trimestre do ano, configurando dois trimestres seguidos de queda na taxa de desocupação no estado. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE.

Apesar da redução, a taxa de desocupação no Piauí ainda ficou acima da média nacional, que atingiu o menor valor da série histórica, 5,6% da força de trabalho. Porém, em relação à média da região Nordeste, para a qual foi registrada uma desocupação de 7,8%, o Piauí apresenta um indicador levemente abaixo, com um percentual de desocupação inferior ao de Pernambuco (10%), Bahia (8,5%), Sergipe (7,7%) e Alagoas (7,7%), que estão entre as maiores taxas do país. Do segundo para o terceiro trimestre de 2025, o Piauí saiu da 4a. maior taxa de desocupação do país para a 8ª maior.

O resultado de desocupação no terceiro trimestre de 2025 também é positivo para o Piauí, em relação ao mesmo período do ano anterior, devido a uma redução de 0,5 ponto percentual, o que permitiu alcançar, novamente, o mesmo patamar do quarto trimestre de 2024, quando foi registrada a menor taxa desde 2015.

Entre os estados brasileiros com as menores taxas de desocupação, destacam-se Mato Grosso do Sul (2,3%), Santa Catarina (2,3%), Espírito Santo (2,6%) e Rondônia (2,6%).

A capital do Piauí, Teresina, também apresentou redução na taxa de desocupação pelo terceiro trimestre consecutivo, alcançando 7,3% de sua força de trabalho no terceiro trimestre de 2025, 0,5 ponto percentual menor, em relação ao período anterior. Mas quando comparado com o terceiro trimestre de 2024, quando foi registrada uma desocupação de 6,5%, verifica-se um aumento de 0,8 ponto percentual.

Entre as capitais, as maiores taxas de desocupação foram encontradas em Manaus (9,0%), Belém (8,9%) e Salvador (8,5%), enquanto as menores foram as de Porto Velho (2,6%), Cuiabá (2,8%) e Goiânia (2,8%).

Divulgação/IBGE
Taxa de desocupação cai no Piauí

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