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Metanol: clientes no Piauí podem exigir nota fiscal do estabelecimento para comprovar procedência da bebida

Teresina registrou nesta terça-feira (07) o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol. Já é o terceiro caso em investigação no Piauí. A situação acende um alerta para consumidores, mas também para os bares e restaurantes que vivem da comercialização de bebidas. Há uma desconfiança por parte dos clientes, que tem evitado consumir destilados como uísque e vodca, e isso tem impactado na venda destes produtos, sobretudo em Teresina.

Mas o que muitos clientes não sabem é que é um direito deles exigir a nota fiscal do estabelecimento para confirmar a procedência da bebida. Quem esclarece isso é o presidente do Sindicato dos Fabricantes de Bebidas do Piauí (Sindbebidas), Amilton Carvalho. A entidade já tem sentido o impacto da crescente de casos de intoxicação por metanol, mas pede que o consumidor piauiense tenha confiança no produto vendido aqui e orienta que ele cheque de onde veio a bebida que está consumindo.

Reprodução/ Freepik
Metanol: clientes podem exigir nota fiscal do estabelecimento para comprovar procedência da bebida

Amilton esclarece que não se trata de bebidas contaminadas, e sim de um problema na fabricação em estabelecimentos clandestinos que possivelmente têm uma grande distribuição, já que há casos em vários estados brasileiros. Ele explica como essa fabricação é feita e orienta a população a se certificar de que sua bebida tem garantia de qualidade.

“Corre um risco de existir metanol nas bebidas destiladas se elas forem feitas em fábricas clandestinas. Tem uma etapa na fabricação dos destilados que, quando ele está destilando, fica rica em metanol. Essa parte rica em metanol precisa ser descartada. Os fabricantes regulamentados fazem esse descarte para deixar o produto dentro de uma margem de segurança para o consumo humano. Porém se existir uma demanda muito alta e a fabricação não tiver um cuidado especial, pode ocorrer de o fabricante utilizar a parte com metanol antes de ela ser descartada. É preciso que as fábricas tenham muito cuidado na elaboração dos seus produtos e que os bares tenham muito cuidado na hora de adquirir os produtos dos fornecedores”, alerta Amilton.

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Metanol: clientes podem exigir nota fiscal do estabelecimento para comprovar procedência da bebida

Se o consumidor tiver alguma desconfiança com relação à procedência da bebida, o Sindbebidas orienta que ele peça a nota fiscal ao estabelecimento para comprovar que o produto veio de uma fábrica regulamentada e autorizada. Por conta da crise, a entidade já orienta que os próprios bares e restaurantes mostrem suas notas fiscais como forma de garantir a qualidade do produto. Amilton Carvalho lembra que as fábricas piauienses de destilados possuem selo de garantia das agências reguladoras e diz acreditar que as bebidas com metanol que eventualmente forem consumidas aqui venham de outros estados.


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