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Mãe transforma tradição de crochê em decoração para o casamento da filha

O crochê é uma arte que teve origem na pré-história, mas somente se consolidou no Século XVI. A palavra “crochê” tem origem no termo francês "croc", que significa gancho, um item fundamental dessa técnica artesanal. O crochê tem uma longa tradição de passar de geração em geração, de avós, para mães e filhas.

Essa técnica se expandiu, sendo utilizada tanto nos vestuários, como na decoração e itens de uso diário. Totalmente artesanal, o crochê exige mais do que técnica, demanda tempo, dedicação e muito amor. Essa arte está presente na v ida e na família da maquiadora e cabeleireira Samia Kallinne (28) há gerações. Ela aprendeu com sua mãe, Isabel Alves, que aprendeu com sua avó, e por aí vai, então, nada mais especial do que tê-la em um dos dias mais especiais: seu casamento.

Arquivo pessoal
Mãe transforma tradição de crochê em decoração para o casamento da filha

Samia Kallinne casou-se com o estrategista digital, Pablo Caio (31) no dia 19 de outubro de 2024, em um sítio no município de Campo Maior, região Norte do Piauí. Toda a decoração foi feita por dona Isabel, mãe da noiva. Os preparativos iniciaram em abril de 2024, com a confecção do vestido de Samia, mas, em junho, a produção precisou ser interrompida, pois as linhas utilizadas estavam em falta. Devido às enchentes do Rio Grande do Sul, a fábrica parou de produzir o material, ocasionando a desabastecimento do produto em todo o país. Apesar disso, os preparativos para o grande dia não podiam parar.

Comecei a ver algumas coisas de crochê, enviei para minha mãe, achamos bonito de decidimos fazer as lembranças dos convidados de crochê. Minha mãe trabalhava como caixa na autopeça do meu pai, e tinha que conciliar o trabalho, a casa e o crochê, então ela deixou de trabalhar para conseguir confeccionar as peças do casamento

Samia Kallinne maquiadora e cabeleireira

Pelas contas de Samia, foram mais de 300 flores de diversos modelos, incluindo rosas, lavandas, girassóis, copos de leite, ornamentais, folhagens, entre outros. Ao todo, foram 18 tipos de flores, usadas como arranjos das mesas dos doces, bolo, além de serem as lembranças do casamento para os padrinhos e convidados. Também foram feitos vasos melhores para decorar o ambiente e flores para decorar o bolo. O crochê também foi destaque nas lapelas dos padrinhos, do noivo e do pai do noivo.

E para dar conta de todos os detalhes do casamento, um verdadeiro mutirão foi formado. Amigos e familiares abraçaram essa emocionando missão e ajudaram na preparação e confecção dos arranjos. Um trabalho cansativo para dona Isabel, mas satisfatório e que marcou significativamente a vida de sua filha Samia. Praticamente sozinha, ela transformou o sonho da filha em realidade.

Arquivo pessoal
A maquiadora Samia e sua mãe, Isabel Alves

“Minha mãe abdicou do trabalho dela para conseguir conciliar tudo direitinho. Tudo era minunciosamente detalhado, cada pedacinho de arame tinha que ser coberto, tinha que fazer folha por folha, pétala por pétala. Ela queria que ficasse realmente tudo extremamente perfeito. Uma amiga minha também ajudou, eu montava os arranjos, minha avó também ajudou fazendo as pétalas e as florzinhas, e outras pessoas começaram a vir ajudar. Agradeço a Deus pelo dom da minha mãe e quero que ela viva muitos anos para vivermos ainda muitas coisas juntas. Agradeço profundamente tudo o que ela fez e faz por mim”, concluiu a maquiadora Samia Kallinne.


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