O presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Teresina, vereador João Pereira, avaliou que a mudança partidária do ex-governador Wilson Martins, que deixou o PT para se filiar ao PSD, pode comprometer a candidatura ao Senado do deputado federal Júlio César (PSD) nas eleições de 2026.
Segundo o parlamentar petista, a movimentação fragiliza a aliança entre MDB, PT e PSD, blocos que formam a base do Palácio de Karnak, e pode gerar um desgaste interno desnecessário.
“Não tem necessidade disso. Eu acho que a junção de todas essas nossas forças e energias é para trazer gente de fora desse campo, da base aliada do governo, para a gente poder aumentar, não só a nossa chapa, mas também aumentar cada vez mais as chances reais do nosso campo eleger os dois senadores. Quando você tira ou convida, seja deputados, seja supletes ou lideranças expressivas de um partido para compor um novo partido, dentro do mesmo leque de aliança que já estamos, eu acho que isso é muito ruim e atrapalha a estratégia majoritária”, disse.
João Pereira disse que já defendeu um diálogo imediato para evitar o avanço da crise. “No caso aqui, por exemplo, eu disse, pedi até que já tivesse um diálogo rápido, falei com o deputado Fábio, falei com o deputado Georgiano também, para que sentassem todo mundo e resolverem isso porque esse desentendimento favorece o nosso principal adversário na eleição do Senado que o Ciro Nogueira”, pontuou.
O vereador atribuiu a articulação ao deputado estadual Georgiano Neto (MDB), filho de Júlio César e dirigente regional do PSD. Para ele, embora a movimentação busque reforçar a bancada federal do partido, a estratégia acaba gerando efeitos contrários.
“Hoje o PT tem a maior bancada na Câmara de Vereadores em Teresina, na Assembleia Legislativa e no Parlamento Federal. Então, o PT tem uma força proporcional muito forte. Quando o presidente de qualquer outro partido, no caso aqui, o deputado Georgiano, faz esse diálogo para levar algum líder para o PSD, tratando como prioridade a estratégia de ter a maior bancada federal do seu partido, ele atrapalha uma eleição, não é o correto, atrapalha uma eleição do senador, que é do seu partido”, afirmou.
Por fim, João Pereira reforçou a necessidade de unidade entre as legendas governistas. “Eu não posso aqui, a não ser que a pessoa não queira, realmente, de forma alguma permanecer, mas as partes comunicadas porque o combinado não sai caro. Então quando não tem este diálogo cria esses arranhamentos e ele é prejudicial para as eleições majoritárias, no caso aqui do candidato a senador que o deputado Júlio César do seu partido que o PSD”, finalizou.
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