O Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) alerta a população para o crescente número de casos do golpe do falso advogado. Somente nos meses de junho e julho, foram 110 registros entre tentativas e golpes no Piauí, causando um prejuízo de R$ 211 mil.
Segundo o Procon, criminosos se passam por profissionais do Direito para enganar as vítimas com a falsa promessa de liberação de valores de processos judiciais. Por meio de aplicativos de mensagens, como WhatsApp, os golpistas se passam por advogados, utilizando foto e nome do profissional verdadeiro em um número de telefone novo, dando credibilidade à abordagem.
Informando a "causa ganha", a vítima é induzida a realizar pagamentos via Pix, com a justificativa de que os valores são para custas judiciais, impostos, taxas ou até mesmo um "procedimento técnico" necessário para o repasse do dinheiro do processo.
Segundo dados do Alerta Digital, 32 cidades piauienses registraram ocorrências. Em Teresina, uma única pessoa teve um prejuízo de R$ 67 mil. Outras perdas expressivas foram registradas em Piripiri (R$ 30 mil), Cocal (R$ 22 mil), Parnaíba (R$ 17 mil) e Floriano (R$ 11 mil).
Nivaldo Ribeiro, coordenador-geral do Procon/MPPI, orienta que a população sempre procure se comunicar com seu advogado de forma presencial, ou por um meio mais seguro.
“Eles terão acesso a dados reais do seu processo, usarão isso para ganhar sua confiança e criarão uma situação de euforia com a promessa de boas notícias e valores a serem liberados. Por isso, é fundamental desconfiar de mensagens de WhatsApp vindas de números novos, mesmo que mostrem a foto do seu advogado. Procure seu advogado pessoalmente ou combine com ele uma forma mais segura de comunicação”, ressaltou Nivaldo Ribeiro.
Outros dados
• 21,6% dos BOs mencionam uso de chamada de vídeo;
• 53,15% usam a justificativa falsa de pagamento de taxas, impostos ou custas. 30,6% usam justificativa de procedimento técnico necessário para receber valores em conta bancária;
• 14,4% dos casos um dos golpistas se passa por funcionário do STJ;
• 81% dos prejuízos se concretizam via Pix.
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