A fisioterapia motora é um processo especializado que foca na reabilitação e recuperação de movimentos de pacientes que sofreram traumas físicos. Quedas, lesões, fraturas, cirurgias ortopédicas, atrofia muscular e doenças reumatológicas são alguns dos motivos que podem levar à perda de mobilidade e, consequentemente, à necessidade de acompanhamento com um fisioterapeuta.
O tratamento geralmente envolve exercícios voltados para a reconstrução da funcionalidade física e psicológica do paciente. Mais do que reconstruir a capacidade de movimentação, a fisioterapia motora ajuda a devolver a independência, liberdade e até a autoestima de quem passa pelo processo, especialmente para idosos e pessoas que sofrem com problemas como depressão, ansiedade e estresse.
A fisioterapeuta Cinthia Diniz, que sentiu na pele os benefícios da fisioterapia motora, é importante lembrar que o corpo dá sinais. A profissional sofreu uma paralisia em 2018, causada em parte por um transtorno depressivo, e passou a sofrer muitas quedas, o que a levou a buscar um diagnóstico mais específico. Antes mesmo de obter o resultado e descobrir um padrão miopático (caracterizado por dores, fraqueza e atrofia muscular), Cinthia iniciou o tratamento com um profissional da fisioterapia.
“O cuidado de recuperar minha funcionalidade e minha independência foi o que me fez querer ser o que foram para mim e a ajudar outras pessoas. Hoje, meu trabalho se baseia, além da ciência e da literatura, na empatia. Eu entendo o que o paciente sente, o que facilita o acolhimento”, disse a fisioterapeuta.
A fisioterapia motora também é um tratamento muitas vezes procurado por idosos. Com o envelhecimento, o corpo tem a tendência de perder força, equilíbrio, velocidade e estabilidade, além de geralmente ter problemas de pressão arterial, o que acaba aumentando o risco de quedas e outros acidentes que podem causar traumas físicos. Passos lentos, postura curvada e dificuldades para fazer movimentos rápidos e complexos podem ser sinais de alerta.
Em caso de queda, é essencial que o paciente procure o atendimento ortopédico o quanto antes, fazendo exames de imagem para determinar se há fratura - punho, coluna e quadril são as mais comuns, no caso de idosos. A fratura, na maioria das vezes, exige tratamento cirúrgico, acompanhado pela fisioterapia, que é indispensável no pós-operatório. Em ambos os casos (com ou sem fratura) o processo inclui exercícios para aliviar dores, reduzir a inflamação, fortalecer os músculos, recuperar a mobilidade e devolver a funcionalidade..
Cinthia, que foca na fisioterapia humanizada, ressalta que o protocolo de tratamento é sempre individualizado. O profissional avalia o histórico do paciente, identifica suas limitações e, a partir daí, define exercícios terapêuticos específicos para o quadro. Além disso, o fisioterapeuta orienta o paciente sobre como prevenir novos acidentes, com melhorias no ambiente domiciliar, como boa iluminação da casa, retirada de tapetes soltos ou espalhados, instalação de corrimãos e uso de tapetes antiderrapantes.
A fisioterapia motora ainda traz vários benefícios para a saúde mental. Traumas físicos podem levar o paciente a desenvolver depressão, estresse e até a cinesiofobia (medo do movimento após lesão). O tratamento ajuda a retomar as atividades da vida diária, a rotina, além de auxiliar na recuperação da confiança e do sentimento de utilidade.
“A fisioterapia me ajudou a recuperar meus movimentos e, através disso, decidi transformar a vida das pessoas com a minha foi transformada”, diz Cinthia Diniz. Com dedicação, empatia e um ambiente seguro, o acompanhamento profissional devolve não só os movimentos e a capacidade motora, mas também a qualidade de vida.
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Rebeca Negreiros, especial para O Dia com edição de Isabela Lopes.