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Crimes virtuais crescem 49% no Piauí; veja como se proteger de golpes

Os crimes virtuais têm crescido no Piauí. De acordo com dados apurados pelo O Dia junto à Polícia Civil, o estado registrou um aumento de 49% no número de crimes relacionados a fraudes eletrônicas. Os golpistas estão cada vez mais sofisticados e se aproveitam da popularização de meios de pagamento como o Pix e das interações pela internet.

Allisson Landim, delegado da Delegacia de Crimes Virtuais, explica que esse fenômeno não é exclusivo do Piauí, mas uma tendência observada em todo o Brasil. "Houve uma queda no número de roubos, enquanto os casos de estelionato aumentaram, principalmente em fraudes eletrônicas", afirmou.

Divulgação
Crimes virtuais crescem 49% no Piauí

Entre os golpes mais comuns, Landim destaca a fraude de falsos atendentes de bancos. “Os criminosos se passam por representantes de bancos e pedem para que as vítimas revelem senhas de segurança ou até solicitem transferências via PIX”, explicou o delegado.

Outro golpe recorrente envolve criminosos se passando por familiares ou amigos via WhatsApp. “A vítima recebe uma mensagem dizendo que o celular do 'amigo' está com problemas e solicita uma transferência de dinheiro. É importante verificar quem é o verdadeiro beneficiário antes de realizar qualquer pagamento”, alerta Landim.

Assis Fernandes/ O DIA
delegado de Polícia Civil Alisson Landim

Golpes via Pix

O advogado especializado em segurança digital, Heldânio Barros, comenta sobre os cuidados necessários ao fazer transações financeiras, especialmente via PIX. Ele alerta para a necessidade de atenção ao fazer pagamentos eletrônicos. “A principal recomendação é sempre verificar o nome do beneficiário antes de efetuar o pagamento, seja via PIX ou boleto. Golpistas costumam falsificar boletos e enviar com QR Code alterado. Quando a pessoa escaneia o código, o pagamento é direcionado para a conta errada”, explica Barros.

O advogado também destacou o uso indevido do Pix em outros tipos de golpes.

“Os criminosos estão utilizando a facilidade do Pix para pedir pagamentos rapidamente, sem dar tempo de desconfiança. Muitas vítimas acabam não verificando se o nome do destinatário está correto no aplicativo de pagamento. Esse é um erro comum”.

Heldânio BarrosAdvogado

Além de verificar informações em boletos e transferências, Barros reforça a importância de ter cuidado com links enviados por e-mail, WhatsApp ou SMS. "Evite clicar em links de fontes desconhecidas. Acesse diretamente o site oficial da instituição, observando se o endereço começa com 'https' e se o cadeado de segurança está visível", diz o advogado.

O que fazer se cair em um golpe?

Em caso de erro ao realizar uma transferência, o primeiro passo é entrar em contato imediatamente com o banco ou instituição financeira. "Peça para utilizar o mecanismo de devolução de valores, conhecido como MED, que pode bloquear o pagamento, se for identificado que a conta para onde o dinheiro foi enviado estava envolvida em fraudes", explicou Barros. Ele também recomenda registrar um boletim de ocorrência para formalizar o incidente e acompanhar a investigação.

Freepik
Em caso de golpe, entre em contato com o banco ou instituição financeira

Dicas para se proteger de golpes virtuais


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