Atualizada às 16h14
Ítalo da Silva Araújo continuou fazendo ameaças à família de Jorge Gabriel mesmo depois que o menino havia sido resgatado e que ele havia fugido. A informação foi compartilhada pelo delegado Charles Pessoa e pelo delegado Anchieta Nery durante coletiva de imprensa nesta tarde (08). O coordenador do DRACO explicou que Ítalo era faccionado, mas que decidiu agir de forma isolada sem o comando da facção.
“Ele articulou o sequestro com alguns amigos. Todos eram faccionados, mas a ação foi planejada e executada isoladamente. E todos eles conheciam a família da vítima de antes do sequestro. É importante frisar que eram todos moradores ali mesmo de Monsenhor Gil, cresceram por lá e eram conhecidos dos habitantes daquela região. Eles monitoravam os passos da família da vítima”, explicou o delegado Charles, acrescentando que Ítalo chegou a trazer um conhecido da Bahia só para participar da execução do sequestro.
Ítalo já havia praticado inclusive crime de extorsão contra o pai de Jorge Gabriel, mas a polícia não deu mais detalhes de quando nem como isso teria ocorrido.
Após o cativeiro ser descoberto e o adolescente, resgatado, houve o confronto com a polícia durante o qual dois suspeitos acabaram morrendo. Os demais foram presos e dois conseguiram fugir. Ítalo era um dos que escapou. Segundo detalhou o delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da Polícia Civil, ele correu para um matagal, depois rendeu um motorista na estrada para Monsenhor Gil, fugiu para lá e, de lá, seguiu para São Paulo em um ônibus clandestino.
“Desde o momento da fuga nós o monitoramos e sabíamos cada passo que ele dava. Ele pegou esse transporte clandestino saindo para São Paulo e se refugiou em Campinas na casa de parentes, que deram todo o apoio que ele precisava. Nós montamos campana na casa, passamos quase 24 horas vigiando, esperando o momento certo de dar voz de prisão”, explicou Anchieta Nery.
O secretário Chico Lucas, em publicação nas redes sociais, agradeceu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, que agiu de forma conjunta para a prisão de Ítalo, considerado o mentor do crime, apontando que as forças de seguranças estão integradas dentro e fora do estado, que garantiu a prisão do principal suspeito pela Rota em Campinas, São Paulo.
Antecedentes
Ítalo da Silva Araújo foi preso por força de mandado de prisão preventiva, mas esta ordem judicial já era a segunda que ele tinha em seu desfavor. Segundo a polícia, ele já responde por crimes como extorsão e estelionato, associação para o crime e envolvimento com facção. Preso em Campinas, ele será recambiado para o Piauí, onde irá cumprir pena.
Iniciada às 14h47
Foi preso nesta terça-feira (08) pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar o acusado de ter planejado o sequestro do adolescente Jorge Gabriel, 14 anos, em Monsenhor Gil. O crime aconteceu no dia 26 de junho. Identificado como Ítalo da Silva Araújo, ele foi preso na cidade de Campinas, São Paulo. O acusado estava foragido desde que a polícia conseguiu encontrar o cativeiro onde estava o adolescente, no dia 27 de junho.
De acordo com o delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, Ítalo já tinha passagens pela polícia pelos crimes de extorsão e estelionato. Ele teria envolvimento com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), mas a ação do sequestro teria sido planejada e executada isoladamente sem a participação direta da facção.
A prisão de Ítalo foi coordenada pela Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP) e teve apoio do ROTA de São Paulo e da Polícia Militar Paulistana.