Taylor Swift entrega ao mundo, nesta sexta-feira (03), seu 12º álbum de estúdio, The Life of a Showgirl, obra que promete consolidar uma nova fase em sua carreira. Diferentemente do tom introspectivo e sombrio de The Tortured Poets Department, lançado no ano passado, o novo projeto celebra o espetáculo, o brilho e a vida por trás da cortina, mas sem abandonar sua assinatura emocional.
A divulgação do disco foi conduzida de forma orquestrada, com vendas à meia-noite em grandes varejistas, eventos pop-up em Nova York e Los Angeles e uma pré-estreia cinematográfica de 89 minutos do “Official Release Party of a Showgirl”. No podcast New Heights, apresentado pelo noivo de Taylor, Travis Kelce, e seu irmão Jason, a canora revelou a arte da capa e descreveu o álbum como um “autorretrato”, agradecendo aos colaboradores Max Martin e Shellback, com quem já havia colaborado anteriormente.
Musicalmente, Showgirl retoma a parceria com os produtores, nomes centrais nos álbuns 1989, Reputation e Red, e deixa de lado o envolvimento de Jack Antonoff e Aaron Dessner. A faixa de abertura e single principal, “The Fate of Ophelia”, une sintetizadores nos moldes do pop dos anos 1980 com letra que evoca a tragédia shakespeariana, sinalizando que o glamour do palco não exclui o aspecto de vulnerabilidade.
Outro momento marcante é “Father Figure”, faixa que sampleia o clássico de George Michael e que muitos interpretam como um recado ao empresário Scooter Braun, envolvido na disputa pelos masters de seus primeiros álbuns.
O álbum, lançado nas primeiras horas desta sexta-feira (03), debutou em primeiro lugar em plataformas musicais. Ainda que muitos resgatem o tom vibrante e pop do novo álbum, as reações críticas são mistas. Enquanto veículos como Rolling Stone exaltam a vivacidade e precisão lírica, outros, como o The Guardian, o consideram menos ousado e até irregular.
Alguns consideram que Swift conserva seu domínio sobre a cultura mainstream, com The Life of a Showgirl não apenas reinventando o espetáculo, mas afirmando que ela continua presente, provocadora e central no cenário pop.
Na esfera pessoal, o álbum reflete o momento de Taylor, apaixonada, noiva de Travis Kelce, e confiante em sua própria voz. Ao tocar as músicas para o parceiro, ela disse que sabia que ele iria adorá-las e que esta era a sonoridade que ressoaria com ele.
Em meio a críticas, elogios e expectativas inevitáveis, The Life of a Showgirl surge como um marco de reinvenção, um álbum que combina fuga ao teatro com a intensidade íntima de uma artista que, mesmo entre luzes e figurinos, nunca deixou de olhar para dentro.
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