Um redemoinho formado na manhã deste sábado (06) causou transtornos e prejuízos a moradores do povoado Libane, localizado na região da Lagoa Grande, no município de Buriti dos Lopes. O fenômeno climático surgiu repentinamente dentro de uma propriedade rural.
De acordo com moradores, o redemoinho se formou no quintal de uma das casas e a força do vento derrubou um muro, que desabou sobre um carro estacionado na garagem da residência vizinha. Parte da estrutura de um portão também foi danificada devido à intensidade do vendaval.
Esse tipo de ocorrência costuma estar relacionada ao encontro de massas de ar quente e frio, aliado à instabilidade atmosférica e variações bruscas de pressão — condições típicas de períodos de calor intenso. Esses fatores criam o ambiente propício para a formação de redemoinhos e ventos localizados capazes de provocar estragos.
“As condições atmosféricas estão realmente diferentes. Episódios de redemoinhos com potencial para causar danos têm sido cada vez mais comuns”, destacou o climatologista Werton Costa.
Como se forma um redemoinho?
Um redemoinho se forma quando há forte instabilidade no ar, principalmente em dias muito quentes. O processo começa com o aquecimento intenso do solo, que faz o ar logo acima dele esquentar e subir rapidamente. Quando essa coluna de ar quente ascende e encontra uma massa de ar mais frio, ocorre um choque de temperaturas que provoca turbulência.
Essa mistura irregular entre ar quente e frio gera variações bruscas de pressão, criando um movimento giratório. É esse giro acelerado do ar que dá origem ao redemoinho, tornando-o visível quando poeira, areia ou folhas são levantadas do chão.
Esses fenômenos são mais comuns em áreas abertas ou rurais, onde o sol aquece o solo com maior intensidade. Embora geralmente sejam de curta duração e pouco perigosos, alguns redemoinhos podem ganhar força suficiente para causar danos pontuais, como derrubar estruturas mais leves ou deslocar objetos.
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