A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) recebeu neste domingo (19), os kits de medicamentos e insumos estratégicos para atender as vítimas das enchentes em Picos. Os materiais foram enviados pelo Ministério da Saúde. Cada kit contém 48 itens, incluindo 32 medicamentos como antinflamatórios, analgésicos e antibióticos, além de 16 insumos como luvas e seringas.
Os componentes atendem até 500 pessoas durante três meses ou 1.500 pessoas por um mês, dependendo da gravidade e da necessidade local. Além de Picos, os kits também poderão atender outras cidades do estado, que estejam passando por estado de calamidade devido às chuvas ou qualquer outro desastre natural.
O envio de kits de medicamentos e insumos para desastres é operacionalizado pelo Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF) do Ministério da Saúde, com apoio do Departamento de Logística em Saúde. “O kit calamidade assegura assistência farmacêutica à população desabrigada por desastres, garantindo a continuidade dos tratamentos medicamentosos e oferecendo suporte a pequenos procedimentos emergenciais. Tudo isso com foco no uso racional de medicamentos e no cuidado às pessoas em situação de maior vulnerabilidade”, explica Marco Aurélio Pereira, diretor do DAF.
A superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios, Leila Santos, afirma que os materiais recebidos vão contribuir para um melhor atendimento às vítimas das enchentes. “Quando fomos informados da tragédia em Picos, prontamente buscamos o Ministério da Saúde, para nos ajudar neste momento de calamidade, e fomos atendidos com o envio de técnicos para o município, para entender a situação e ajudar nas estratégias para ajudar às vítimas. E hoje, recebemos esses kits, que são fundamentais para prestar este auxílio", destacou.
Para acelerar o socorro às vítimas das fortes chuvas que caíram na cidade de Picos, a Sesapi instituiu o Centro de Operações de Emergência (COE). A iniciativa conta com a colaboração da Secretaria Municipal de Saúde de Picos, Coordenação Regional de Saúde, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, UPA, Hospital Justino Luz, Novo Hospital Regional de Picos e Vigilância Epidemiológica.
Além de Picos, Ministério monitora cidades de outros estados
Além de Picos no Piauí, o Ministério da Saúde monitora a situação das chuvas em estados como Alagoas, Bahia, Ceará, Santa Catarina, Pernambuco, Minas Gerais e Mato Grosso. A estrutura do Programa de Vigilância de Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres) está disponível para apoiar emergências, incluindo envio de kits, apoio técnico in loco para diagnóstico situacional dos impactos dos desastres no sistema de saúde e apoio na gestão da emergência, bem como nas orientações para solicitação de kit de medicamentos e insumos ou incremento financeiro emergencial para custeio das ações de resposta.
A pasta realiza monitoramento contínuo de desastres em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), além de oferecer suporte para elaboração de planos de contingência.
Chuvas intensas e desastres associados, como deslizamentos e enxurradas, trazem graves riscos à população, como ferimentos, contato com animais peçonhentos e disseminação de doenças relacionadas à água, como leptospirose, hepatite A e diarreias. Esses eventos também têm impactos psicossociais significativos.
Governo Federal reconhece estado de calamidade pública em Picos
O Governo Federal oficializou o estado de calamidade pública na cidade de Picos, no sudeste do Piauí, em razão das fortes chuvas e enchentes que afetaram diversas famílias nos últimos dias. A medida foi publicada neste sábado (18) no Diário Oficial da União (DOU) pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional.
Com o reconhecimento, a Prefeitura de Picos está autorizada a solicitar recursos federais para implementar ações emergenciais de defesa civil. Uma equipe do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) já está no município, onde realiza visitas às áreas atingidas, avalia os danos causados pelas enchentes e colabora na elaboração dos planos de trabalho necessários para a liberação de recursos.
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