Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (11), a Operação Laverna, em Parnaíba, litoral do Estado. A ação foi conduzida pela 2ª Delegacia Seccional, com apoio da Superintendência de Operações Integradas, e teve como objetivo cumprir medidas cautelares em investigação contra influenciadoras digitais suspeitas de envolvimento em crimes virtuais.
As investigações envolvem as influenciadoras Thaisa Costa Machado, que reúne cerca de 594 mil seguidores, Tereza Iva Gomes Freitas, com aproximadamente 128 mil seguidores, e Emília Magalhães Brito, que possui 93,2 mil seguidores. Populares nas redes sociais, especialmente no Instagram, são apontadas como responsáveis por promover plataformas de apostas ilegais, conhecidas como o “Jogo do Tigrinho” e similares, que prometem ganhos rápidos e fáceis por meio de apostas em dinheiro real.
Segundo as apurações, a divulgação dessas plataformas teria gerado movimentações financeiras na ordem de R$ 10 milhões. O delegado Ayslan Magalhães, responsável pelo caso, informou que as suspeitas podem responder por crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, divulgação de loteria não autorizada e indução do consumidor a erro.
“Essas plataformas operam sem qualquer autorização dos órgãos competentes, sem mecanismos de transparência ou auditoria, funcionando à margem da legislação nacional, à semelhança de cassinos online”, pontuou o delegado.
O nome da operação faz referência à deusa romana Laverna, associada ao submundo, ladrões e atos ocultos, representando o caráter dissimulado das práticas investigadas. O delegado Matheus Zanatta afirmou que a vida de luxo que as influenciadoras levavam, incompatíveis com os ganhos, chamou atenção da Polícia.
“É uma operação que tem como investigação o mesmo objeto da Ouro Sujo, mas a operação daqui foi chamada Operação “Laverna”, que diz respeito à deusa da enganação. Então, nós investigamos três influenciadores que ficavam divulgando plataformas ilegais, que é o jogo do Tigrinho, e essas influenciadoras, além de divulgar essas plataformas ilegais, elas falavam que ganhavam nessas plataformas, mostrando o ganho financeiro, mas na verdade era mentira. Além disso, também tinha uma vida de luxo que era incompatível com as movimentações, fazendo várias viagens caras, indo em restaurantes caros, em hotéis caros. E também nós conseguimos aprender hoje na operação vários objetos de valor, como por exemplo bolsas, sapatos, joias, veículos”, detalhou o delegado Matheus Zanatta.
“Nós vamos começar os interrogatórios, os depoimentos, para esclarecer se existe outras pessoas envolvidas na divulgação dessas plataformas ilegais”, complementou. A Polícia Civil reforça que novas ações serão realizadas contra crimes digitais e contra quem utiliza as redes sociais para promover condutas ilícitas.
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