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Vai para a praia? Veja as doenças que mais aparecem no fim do ano e como se proteger

Sol, mar, confraternizações e muita comida. O cenário típico das festas de fim de ano também cria condições ideais para o aparecimento de doenças como gastroenterites, intoxicações alimentares e infecções respiratórias. O aumento das temperaturas, a má conservação de alimentos e o contato intenso entre pessoas explicam o crescimento dos casos nesse período.

De acordo com a infectologista Carla Kobayashi, as doenças gastrointestinais lideram as ocorrências, que estão relacionadas à contaminação por bactérias e vírus que se proliferam com facilidade em ambientes quentes e úmidos, especialmente quando há falhas na higiene das mãos ou na conservação de alimentos

Fernando Frazão/Agência Brasil
Vai para a praia? Veja as doenças que mais aparecem no fim do ano e como se proteger

“A principal complicação das gastroenterites é a desidratação. Por isso, é fundamental procurar atendimento médico diante de sinais como diminuição do volume urinário ou dificuldade para ingerir líquidos”, reforça a especialista.

A médica explica que quando os alimentos ficam muito tempo fora da refrigeração ou em temperatura inadequada, como nas festas ou na praia, há maior risco de proliferação de microrganismos, como a Salmonella e a Escherichia coli.

De acordo com um estudo do Global Burden of Disease (GBD), publicado no The Lancet Infectious Diseases em 2024, as doenças diarreicas continuam sendo uma das principais causas de morte no mundo, especialmente entre crianças e idosos, apesar de uma redução expressiva nas últimas três décadas[1]. Os principais sintomas incluem diarreia, vômitos, febre, dor abdominal e mal-estar.

Já as infecções respiratórias também se tornam mais comuns nesta época. Mesmo com o calor, vírus como influenza, rinovírus, vírus sincicial respiratório e o próprio coronavírus seguem em circulação. As aglomerações típicas de fim de ano, festas de empresa, encontros familiares e viagens, aumentam o risco de transmissão.

“É um período em que há mais contato entre as pessoas, o que facilita a propagação de vírus respiratórios”, reforça Kobayashi. Os sintomas mais frequentes são febre, dor de cabeça, dor de garganta, coriza, tosse e dores no corpo.

O Ministério da Saúde alerta para o aumento do risco de arboviroses, como Dengue, Zika e Chikungunya, nos meses mais quentes e chuvosos. Mesmo diante de uma queda de mais de 70% nos casos de dengue em 2025, o período de aparente tranquilidade não significa segurança garantida. Entre janeiro e outubro deste ano, foram registrados aproximadamente 1,3 milhão de casos prováveis de dengue e, segundo a especialista, o combate ao mosquito vetor continua sendo a melhor estratégia para enfrentar a doença.

Dicas para prevenir doenças de verão

Além disso, Carla recomenda atenção redobrada à hidratação e à alimentação leve, com preferência por frutas e alimentos frescos. “Evitar excessos e manter o cuidado com os alimentos são atitudes simples que fazem a diferença para aproveitar o verão com saúde”, finaliza a infectologista.


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