O solstício de verão ocorre neste domingo, 21 de dezembro, e marca oficialmente o início da estação mais quente do ano no Hemisfério Sul, além de representar o dia com o maior período de luz solar do ano para os países localizados abaixo da Linha do Equador.
Durante o solstício de verão, o Sol atinge sua posição mais ao sul em relação ao equador terrestre, fazendo com que o Hemisfério Sul receba a maior incidência de luz solar do ano. Esse fenômeno é resultado da inclinação do eixo da Terra, de aproximadamente 23,5 graus, combinada com o movimento de translação do planeta ao redor do Sol.
O evento está diretamente associado ao Trópico de Capricórnio, linha imaginária situada a cerca de 23,5 graus ao sul do Equador. Nesse dia, o Sol pode ficar exatamente a pino ao meio-dia nessa faixa do planeta, algo que não ocorre em nenhum outro período do ano. O Trópico de Capricórnio atravessa países como Brasil, Argentina, Chile e Paraguai, além de regiões da África e da Oceania.
O termo solstício tem origem no latim, da junção das palavras “sol” e “sistere”, que significa “parar”. Isso se deve ao fato de que, nesse momento, o Sol aparenta interromper temporariamente seu deslocamento no céu, atingindo seu ponto máximo ao sul antes de iniciar um movimento gradual em sentido contrário nos dias seguintes.
Apesar de ser o dia com maior duração de luz solar, o solstício de verão não corresponde, necessariamente, ao dia mais quente do ano. As temperaturas costumam continuar subindo nas semanas seguintes, já que o aquecimento do solo e dos oceanos ocorre de forma gradual, influenciado também por fatores climáticos regionais.
Após o solstício, os dias começam a ficar progressivamente mais curtos no Hemisfério Sul, processo que segue até o equinócio de outono, previsto para ocorrer em março, quando dia e noite voltam a ter durações semelhantes.
Historicamente, o solstício de verão sempre teve grande importância para diferentes culturas ao redor do mundo, sendo associado a ciclos agrícolas, rituais e celebrações ligadas à fertilidade e à renovação da natureza. Ainda hoje, o fenômeno desperta interesse científico e curiosidade popular.
No Brasil, é possível perceber que, neste domingo, o Sol nasce mais ao sudeste e se põe mais ao sudoeste, prolongando as horas de claridade e reduzindo o período noturno, características típicas da estação que começa oficialmente.
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