O paratleta piauiense Luís Carlos Cardoso subiu ao pódio neste sábado (23) no Campeonato Mundial de Paracanoagem, realizado em Milão, na Itália, e garantiu a medalha de prata na categoria KL1 200m masculino. Com o tempo de 46s93, Luís Carlos Cardoso ficou a menos de um segundo do húngaro Peter Kiss, que levou o ouro com 45s96. O bronze ficou com o russo Ilichev.
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Na categoria KL1 200m masculino, Luís Carlos Cardoso completou a prova com 46s93, ficando 0,97 segundo atrás do campeão. Após a competição, o paratleta destacou a emoção de retornar ao pódio e dedicou a medalha à família.
“Muito feliz por conquistar mais uma medalha. Óbvio que vim em busca da minha oitava medalha de ouro em mundiais, mas infelizmente não deu. Dei meu máximo pela prata para conseguir voltar para o nosso país com um bom resultado, principalmente aqui onde, 10 anos atrás, conquistei duas medalhas de ouro. E graças a Deus, neste tempo, vim conquistando outras medalhas para o nosso país em todos os mundiais”, afirmou o paratleta.
O sábado também foi marcado por grandes resultados para o Brasil no Campeonato Mundial de Paracanoagem em Milão. Além de Cardoso, outros atletas se destacaram: Fernando Rufino conquistou medalha de ouro, Igor Tofanili ficou com a prata, e Giovane Vieira de Paula também subiu ao pódio.
Luís Carlos Cardoso
Natural de Picos, no Sul do Piauí, Luís Carlos Cardoso chegou a um dos lugares mais altos que um atleta paralímpico pode chegar: ao pódio de um Paralimpíada! E por duas vezes seguidas! Em Tóquio 2020 e em Paris 2024, o piauiense garantiu medalha de prata, se tornando um dos maiores atletas do Piauí. E mesmo com todo sucesso paralímpico e em outras competições internacionais - ele é heptacampeão mundial de Paracanoagem - Luís não esquece as raízes piauienses.
Em Paris, buscou o ouro mas acabou com a medalha de prata na canoagem KL1 200 metros (atletas que usam pernas, braços e troncos durante prova em caiaque) nos Jogos Paralímpicos de Paris. O brasileiro encerrou a distância em 46s42. O ouro ficou com o húngaro Peter Kiss (44s55), enquanto o bronze foi garantido pelo francês Remmy Boulle (47s01).
Mesmo não conquistando a tão sonhada medalha dourada, a prata é uma conquista esportiva e pessoal para o atleta, que perdeu o movimento das pernas ainda jovem e acabou tendo que abandonar o seu trabalho na área da dança. Luís Carlos Cardoso da Silva é ex-dançarino profissional; integrava o grupo do cantor Frank Aguiar. Ele perdeu os movimentos das pernas, em 2009, devido a uma infecção na medula.
Pouco tempo depois, descobriu a canoagem, modalidade pela qual conquistou várias medalhas: prata no caiaque no Campeonato Mundial em Halifax 2022, prata no caiaque nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, prata no caiaque no Mundial em Copenhague 2021. Em maio deste ano, Luís Carlos conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Paracanoagem, que ocorreu também em Szeged, na Hungria.
Cada conquista de Luís Carlos são também um incentivo para outros atletas da canoagem, uma vez que o Piauí tem se destacado neste esporte, sobretudo com os resultados conquistados pela equipe Iporanga de Canoagem. "Fico feliz pela minha trajetória, pelo meu trabalho. Já estou há mais de 10 anos medalhando em várias competições nacionais e internacionais. E fico feliz em ser referência para os novos atletas que estão chegando agora, em saber que eles estão tendo algo melhor do que eu tive quando eu comecei minha carreira”, disse
*Com informações da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).
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