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Justiça venezuelana ordena prisão de Edmundo González, opositor de Maduro

A Justiça venezuelana aceitou o pedido de prisão solicitado pelo Ministério Público (MP) contra Edmundo González Urrutia, líder opositor nas eleições presidenciais de julho, vencidas por Nicolás Maduro. As acusações surgem após a criação e manutenção de um site onde foram publicadas atas de votação que, segundo a oposição, comprovariam que González venceu as eleições com 67% dos votos.

Gabriela Oraa/AFP
Justiça venezuelana ordena prisão de Edmundo González, opositor de Maduro

A Justiça venezuelana acatou o pedido de prisão solicitado pelo Ministério Público contra Edmundo González Urrutia, opositor do presidente Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de julho. A Procuradoria-Geral da Venezuela acusa González de fraude de documentos, associação criminosa, conspiração, delitos informáticos e instigação à desobediência das leis. As acusações surgem após a criação e manutenção de um site onde foram publicadas atas de votação que, segundo a oposição, comprovariam que González venceu as eleições com 67% dos votos.

O pleito, que resultou na reeleição de Maduro, é amplamente questionado pela oposição venezuelana e por setores da comunidade internacional. Apesar das exigências por maior transparência, Maduro ainda não tornou públicas as atas eleitorais oficiais. Organizações internacionais, como um painel de especialistas da ONU, também levantaram dúvidas sobre a transparência da votação.

A Procuradoria-Geral argumenta que González cometeu desacato por não comparecer a três convocações para prestar depoimento no Ministério Público. A última convocação ocorreu na sexta-feira, 30 de agosto, coincidentemente durante um apagão que afetou todo o país. González, que está na clandestinidade desde o final de julho, afirmou que o Ministério Público está agindo como um "acusador político" e que não teria garantias de um processo justo e independente.

O Ministério Público, sob o comando de Tarek Saab, compartilhou o mandado de prisão com a imprensa e justificou a ação com base na ausência de González nas convocações judiciais. A acusação afirma que os crimes supostamente cometidos por González representam uma grave ameaça à ordem pública e à segurança do Estado venezuelano.

Além de González, a líder da oposição María Corina Machado também está sendo investigada pelo Ministério Público e permanece na clandestinidade. Ambos são responsabilizados pelo governo Maduro por incitar os protestos que ocorreram após as eleições, resultando em 27 mortes, incluindo dois militares, além de quase 200 feridos e mais de 2.400 detenções.

No mesmo dia em que o mandado de prisão foi emitido contra González, autoridades dos Estados Unidos apreenderam um avião do governo venezuelano na República Dominicana, ampliando a tensão nas relações entre Caracas e Washington.

Com informações da Agência Brasil


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