Após a ceia farta de Natal, marcada por pratos tradicionais como peru, chester, salpicão, panetone e sobremesas variadas, muitas famílias se deparam com a mesma dúvida: o que fazer com as sobras de forma segura. Conhecidas popularmente como “R.O.”, sigla para “resto de ontem”, essas comidas podem ser reaproveitadas para economizar e facilitar as refeições dos dias seguintes, desde que alguns cuidados sejam adotados.
Especialistas ressaltam que o reaproveitamento de alimentos é uma prática importante no combate ao desperdício. No entanto, as ceias de Natal e de Ano Novo apresentam riscos específicos, já que os alimentos nem sempre são preparados em condições ideais de higiene e costumam permanecer expostos à temperatura ambiente por longos períodos, muitas vezes desde a manhã ou a tarde do mesmo dia.
As frutas, presença comum nas mesas natalinas, costumam sobrar em grande quantidade e podem ser reaproveitadas com segurança se bem armazenadas. Elas podem ser congeladas e utilizadas posteriormente no preparo de sucos, vitaminas ou smoothies. A orientação é moderar o consumo, já que a frutose, açúcar natural das frutas, quando ingerida em excesso, pode elevar a glicemia e contribuir para o aumento de triglicérides.
Outro alerta envolve alimentos industrializados que contêm xarope de milho, uma forma concentrada de frutose presente em refrigerantes, sucos de caixinha, geleias, condimentos e sobremesas. Já frutas misturadas com maionese, como em algumas saladas, devem ser consumidas em até 24 horas, devido ao maior risco de contaminação.
No caso das carnes, a recomendação é reaproveitar aquelas que não chegaram a ir à mesa. Uma estratégia preventiva é separar parte da carne antes de servir, mantendo-a refrigerada para reduzir o risco de contaminação. No dia seguinte, essas sobras podem ser utilizadas em preparações como saladas, omeletes ou risotos. Perus, chesters e carnes similares podem ser conservados na geladeira e consumidos no dia seguinte, desde que tenham sido bem armazenados.
Já as sobremesas, como pavê, pudim, rabanada e doces à base de frutas, devem ser consumidas com moderação. O congelamento desses alimentos não é recomendado, pois tende a prolongar o consumo excessivo. A orientação geral é planejar melhor as quantidades e reaproveitar os alimentos de forma consciente e criativa, evitando desperdícios não apenas no Natal, mas ao longo de todo o ano.
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