A Operação Carbono Oculto 86 desarticulou o braço financeiro do PCC que utilizava postos de combustível em Teresina e no interior do Piauí para lavar dinheiro da facção. O esquema movimentava cerca de R$ 1 bilhão, segundo as investigações, e resultou na apreensão de uma série de bens de luxo avaliados em valores milionários.
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Diversos bens dos investigados foram apreendidos pela polícia ou tiveram autorização de apreensão expedida pela Justiça. Entre eles estão quatro aeronaves de pequeno porte, carro de luxo e mais de R$ 300 milhões em dinheiro. Das quatro aeronaves alvos de apreensão, uma foi recolhidas e as outras três estão com ordem de restrição solicitada pela polícia junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
As aeronaves são: um Cessna 210 avaliado em R$ 1 milhão, um Raytheon 400 avaliado em R$ 15 milhões, um Astra XPX Gulfstream G100 avaliado em R$ 10 milhões e um Aircraft C90A avaliado em R$ 3 milhões. Juntas, as aeronaves somam mais de R$ 29 milhões.
Além delas, um carro de luxo modelo Macan, da Posche, avaliado em R$ 500 mil também foi apreendido durante o cumprimento dos mandados. Outros R$ 348 milhões foram bloqueados pela justiça.
Para o secretário de Segurança, Chico Lucas, o braço financeiro do PCC acreditava que lavar em dinheiro usando postos no Piauí seria “mais fácil” por conta da “falta de fiscalização”. Ele destacou, no entanto, que o trabalho conjunto do Procon com o Imepi e a própria Polícia Civil se iniciou em 2023 e resultou no mapeamento robusto de todas as movimentações financeiras, o que “pegou o grupo criminoso de surpresa” com estrutura de investigação.
A ostentação que os empresários mantinham nas redes sociais demonstrava, segundo Chico Lucas, o quanto eles se sentiam “seguros” para continuar no cometimento dos crimes. “Nós temos certeza que a maioria dos empresários do Piauí são honestos. Porque só tendo uma atividade ilícita altamente lucrativa é que temos condições de ter uma vida como aquela que era sustentada pelos investigados nas redes sociais. Eles causavam prejuízo a todos os consumidores, aos trabalhadores, motoristas de aplicativo, entregadores, para manter um padrão de vida totalmente descabido”, explicou Chico Lucas.
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Além das aeronaves e veículos de luxo, a polícia encontrou com os investigados caixas de relógios de marcas que chegam a valer centenas de milhares de reais. Para a polícia, estes objetos seriam usados como último recurso financeiro pelos alvos da ação depois que os demais bens fossem apreendidos.
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