O Banco Central (BC) fará um leilão extraordinário de dólares à vista na manhã desta quinta-feira (26), com oferta de até US$ 3 bilhões. O objetivo da intervenção é conter a alta da moeda americana, que vem apresentando sucessivos aumentos nas últimas semanas. Na última semana, o dólar alcançou R$ 6,30, mesmo após a aprovação de um pacote fiscal pelo Congresso.
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A cotação do dólar segue pressionada, com investidores atentos ao cenário interno e internacional. Na última segunda-feira (23), a moeda encerrou o dia em alta de 1,86%, atingindo R$ 6,18, e chegou à máxima de R$ 6,20 ao longo do pregão. A movimentação ocorre em um ambiente de insegurança econômica, mesmo após a aprovação do pacote fiscal no Congresso Nacional.
O leilão desta quinta-feira é mais uma medida do BC para regular o mercado de câmbio, aumentando a oferta de dólares disponíveis e tentando conter a desvalorização do real. Em dezembro, a instituição já injetou US$ 27,76 bilhões no mercado, o maior volume registrado para um único mês.
Apesar dessas intervenções, a pressão cambial persiste. Na quinta-feira anterior (19), o dólar chegou a ser negociado a R$ 6,30, sinalizando a volatilidade do mercado em meio à revisão das projeções de economia com o pacote fiscal. A expectativa inicial de R$ 71,9 bilhões em dois anos foi revisada para R$ 69,8 bilhões pelo Ministério da Fazenda.
Por que o Banco Central faz leilão de dólar?
O Banco Central (BC) realiza leilões de dólar com o objetivo principal de influenciar o valor do dólar em relação ao real. Essa prática, conhecida como intervenção cambial, é uma ferramenta utilizada pelos bancos centrais ao redor do mundo para estabilizar a moeda nacional e promover um ambiente econômico mais favorável.
Mas por que a necessidade de intervir no mercado de câmbio?
- Controle da inflação: Um dólar mais valorizado pode encarecer as importações, contribuindo para a inflação. Ao vender dólares, o BC aumenta a oferta dessa moeda no mercado, o que tende a reduzir seu valor e, consequentemente, a pressão inflacionária.
- Estabilidade econômica: Flutuações bruscas no câmbio podem gerar incertezas e prejudicar o planejamento de empresas e consumidores. Os leilões ajudam a amortecer essas oscilações e a manter um ambiente mais previsível.
- Proteção da indústria nacional: Um real mais valorizado torna os produtos nacionais mais competitivos no mercado internacional, incentivando as exportações e protegendo a indústria local da concorrência estrangeira.
- Atração de investimentos: Ao sinalizar que está comprometido em manter a estabilidade cambial, o BC pode atrair investimentos estrangeiros, fortalecendo a economia do país.
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