O Partido Liberal anunciou, na última quinta-feira (27), a suspensão das atividades partidárias e da remuneração do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão, comunicada em nota oficial, ocorre três dias após o início do cumprimento de sua pena pela condenação no julgamento da trama golpista. Bolsonaro se encontra preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília (DF).
Segundo o PL, o afastamento não foi uma escolha interna, mas sim o cumprimento obrigatório da Lei dos Partidos Políticos (Lei 9,096/95), que impede filiados com direitos políticos suspensos de exercer funções partidárias.
Por Jair ser presidente de honra da sigla, a medida afeta diretamente sua participação e seu salário, que deixará de ser pago enquanto durarem os efeitos da condenação.
A decisão movimentou a base bolsonarista e gerou dúvidas entre apoiadores, especialmente no que diz respeito ao futuro político e financeiro do ex-presidente. O partido tentou minimizar o impacto da suspensão, afirmando que Bolsonaro permanece como referência do grupo, embora legalmente impedido de atuar.
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Nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro saiu em defesa do pai e disse que o Partido Liberal não teve alternativa. “Foi algo obrigatório e não por vontade do partido”, escreveu. Ele classificou a prisão como “arbitrária”, afirmou que Bolsonaro está impossibilitado de trabalhar e chamou aliados à união. “Enquanto eu estiver vivo, nada faltará ao meu pai”, disse.
O anúncio reacende questionamento sobre o que acontece com o ex-presidente após sua condenação, no que diz respeito à benefícios e influência política. A resposta do PL indica que Jair Bolsonaro deve seguir afastado de qualquer atividade formal na sigla.
Apesar da medida tomada pelo partido, o seu entorno tenta manter viva a mobilização de apoiadores, com discursos de resistência e de que o afastamento é apenas um efeito jurídico inevitável.
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