Segundo dados da Pesquisa Global de Atitudes de Benefícios 2022, elaborada pela WTW, a incidência de doenças relacionadas à saúde mental em funcionários da comunidade LGBT+ é maior do que a do restante dos colaboradores na América Latina. No Brasil, 51% dos relatam sofrer de algum nível de ansiedade ou depressão. No Brasil, 19% dos colaboradores que sofrem com ansiedade ou depressão no ambiente corporativo são LGBT+ e apenas 9% heterossexuais.
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O estudo analisa as atitudes dos funcionários em relação aos seus benefícios e sua autopercepção em relação à saúde.
Dentre os fatores que causam maior estresse na comunidade estão o nível de inclusão na cultura organizacional e a liberdade de se expressar no ambiente de trabalho.
Isolando os componentes de saúde física e de saúde mental, os funcionários da comunidade LGBT+ são mais impactados pelas condições de saúde mental do que pela saúde física, ressaltando a importância de programas de bem-estar organizacional focados na saúde emocional e mental. No Brasil, 44% dos funcionários LGBT+ relatam ter boa saúde física e mental.
Níveis mais altos de ansiedade e depressão foram observados entre os funcionários LGBT+ na Argentina (62%), no Chile (59%), seguidos pela Colômbia (54%), Brasil (51%) e México (48%).
Entre as descobertas mais importantes estão:
- 1 em cada 2 funcionários LGBT+ nesses países relata sofrer de algum nível de ansiedade ou depressão.
- Funcionários LGBT+ relatam níveis de ansiedade e depressão muito maiores do que os heterossexuais, sendo a Colômbia o país onde o índice é maior (24 pontos). Em seguida, aparecem Argentina (21 pontos), Chile (18 pontos), México (16 pontos) e Brasil (9 pontos);
- o número de pessoas LGTB+ com graves níveis de ansiedade ou depressão é, praticamente, o dobro do que entre heretossexuais.
Na Argentina, 16% das pessoas com ansiedade ou depressão são LGBT+ e 9% são heterossexuais; no México, 11% são da comunidade LGBT+ e 5%, heterossexuais; e na Colômbia, 10% LGBT+ e 5% heterossexuais.
A pesquisa destaca a importância de as empresas trabalharem ativamente em campanhas efetivas de comunicação, que reflitam adequadamente a cultura de inclusão e os valores que buscam promover, além de garantir que todas as pessoas LGBT+ conheçam seus benefícios dentro da organização e possam acessá-los quando for necessário.